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VÍDEO: Professor explica por que os primeiros mil dias da criança são cruciais para seu desenvolvimento

Em sua coluna Diário Educação, Ivo Lavor destaca que o desenvolvimento infantil pode ser categorizado em quatro áreas fundamentais: motor, cognitivo, linguístico e socioemocional

Por Fernando Alencar

24/03/2025 às 22h16 • atualizado em 24/03/2025 às 22h19

Em sua coluna semanal no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, o educador Ivo Lavor abordou um tema crucial para o futuro das crianças: a importância dos primeiros mil dias de vida. Em sua análise, ele destaca como esse período, que vai da concepção até os dois anos de idade, é determinante para o desenvolvimento cognitivo, motor, linguístico e socioemocional, com reflexos que perduram por toda a vida adulta.

De acordo com Lavor, o conceito dos “mil dias” é um fenômeno recente na ciência, apoiado pelos avanços da neurociência.

“Esse período é fundamental, pois é quando o cérebro humano passa por um crescimento acelerado e sem precedentes, formando bilhões de neurônios e trilhões de conexões entre eles, chamadas de sinapses”, explica o professor.

A intensidade desse desenvolvimento, que ocorre de forma impressionante nos dois primeiros anos de vida, só se repete por volta dos 15 anos, destacando a singularidade dessa fase.

Nesse período, o cérebro cria uma imensa quantidade de sinapses, podendo atingir até um trilhão de conexões aos três anos de idade. Essas conexões são vitais para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, motoras e emocionais, a base para o aprendizado ao longo da vida.

No entanto, para que esse desenvolvimento ocorra de maneira plena, o ambiente em que a criança está inserida também desempenha um papel fundamental. “O ambiente, com estímulos como imagens, sons, cheiros e toques, é essencial para o desenvolvimento da criança. E é aqui que entra a educação”, afirma o professor.

Professor e escritor Ivo Lavor (Foto: Reprodução)

Lavor ressalta que para as crianças que frequentam escola ou creche, a formação dos educadores deve estar alinhada para fornecer esses estímulos de maneira eficaz. Já para as famílias que optam por não enviar seus filhos para a escola, o cuidado redobrado é ainda mais necessário. Muitas vezes, os responsáveis, sem o conhecimento técnico necessário, podem não oferecer a variedade de estímulos que são fundamentais para o desenvolvimento saudável da criança.

Além disso, o professor destaca que, embora a genética forneça um “plano básico” para o desenvolvimento cerebral, são as interações com o ambiente que realmente moldam e potencializam essa estrutura. Esse processo de aprendizado e estímulo constante é a chave para o sucesso cognitivo e emocional da criança ao longo da vida.

“As conexões que são frequentemente utilizadas se fortalecem, enquanto aquelas que não são estimuladas podem ser eliminadas em um processo conhecido como poda neural. Isso reforça a ideia de que os primeiros mil dias são decisivos”, acrescenta.

O conceito de poda neural é crucial, pois se uma criança não receber os estímulos adequados, o cérebro pode “descartar” as conexões que não estão sendo usadas, o que pode impactar negativamente seu desenvolvimento futuro. Por isso, Lavor defende que estímulos corretos nessa fase inicial são essenciais para garantir que a criança tenha melhores chances de ser resiliente, tomar boas decisões e alcançar um bom desempenho cognitivo ao longo da vida.

O professor destaca que o desenvolvimento infantil pode ser categorizado em quatro áreas fundamentais: motor, cognitivo, linguístico e socioemocional. Todas essas áreas estão profundamente interligadas e, portanto, requerem uma abordagem educacional integrada e cuidadosa, desde os primeiros momentos de vida.

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