VÍDEO: Morre em Santa Helena o professor e poeta Abraão Vitoriano, autor de livros e projetos pedagógicos
Conheça, em entrevistas exclusivas, a trajetória marcante do autor de "Pétalas Raras", "Estado de Graça" e "Cidadezinha Qualquer"
O professor e poeta Abraão Vitoriano, 34 anos, foi encontrado morto na sua residência, por volta das 15:30h desse domingo (7), na cidade de Santa Helena, onde ele nasceu e residia. Segundo informações de uma pessoa da família, Abraão estava passando por um momento de “sofrimento psicológico”. O corpo será velado no salão paroquial e o sepultamento está marcado para o final da tarde dessa segunda-feira no cemitério de Santa Helena.
Formado em Letras e Pedagogia pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG), no campus de Cajazeiras, e com pós-graduação em Educação, Abraão foi professor universitário e professor do ensino fundamental em Cajazeiras.
Paralelo à carreira educacional, o jovem também tinha vocação para a literatura e fazia das palavras um canal poético para fluir pensamentos e sentimentos acerca dos mundos interno e externo.
Ele deixou três livros publicados: “Pétalas Raras” (Fortaleza: Motográfica, 2013), “Estado de Graça” (Guaratinguetá, SP: Penalux, 2014) e “Cidadezinha Qualquer” (Rio de Janeiro: Gramma, 2018). Este último retrata as vivências e observações do autor na sua cidade natal, Santa Helena.
VEJA TAMBÉM: Escritor de Santa Helena é o homenageado da I Festa Literária da Rede Estadual de Cajazeiras
Em 2019, Abraão Vitoriano foi um dos autores homenageados da I Festa Literária da Rede Estadual de Ensino (Flirede), cujo tema foi “Leitura literária e identidade cultural”.
“Me enche de muito orgulho por saber que um menino do Sertão, lá de Santa Helena, está ganhando espaço e notoriedade no estado, então isso é um motivo de grande glória”, disse.
O poeta era figura constante na TV e no portal Diário do Sertão, onde foi colunista por vários anos. Também prestou diversas entrevistas sobre seus projetos educacionais e literários.
Em abril de 2019, Abraão bateu um papo com a cineasta e escritora Veruza Guedes no extinto programa Conexão Sertão sobre o livro “Cidadezinha Qualquer”.
“Eu sempre tive esse entusiasmo de vislumbrar esse lugar como uma inspiração, desde as senhoras sentadas nas calçadas até a linha do trem e o por do sol, espaços tão sagrados pra mim que serviram de inspiração para eu tecer minhas linhas desse livro”, contou.
Em novembro do mesmo ano, Abraão esteve no programa Diversidade em Foco, juntamente com as professoras Josélia Maciel, Fernanda Chagas, Luciana Pereira e dois alunos da Escola Cidadã Integral Técnica Cristiano Cartaxo. O tema foi a Flirede e o lançamento de “Cidadezinha Qualquer”.
A primeira entrevista de Abraão na TV Diário do Sertão foi em 2014, no programa Interview, que na época era apresentado pela sua prima, a jornalista Ada Vitoriano.
Já nessa primeira entrevista, ainda tímido, Abraão não deixou de enaltecer o amor que ele sentia por sua terra natal. “Uma cidade interiorana que me fez poeta. Santa Helena, com todo seu cenário da linha do trem, da igreja, das seis horas da tarde com as mulheres sentadas nas calçadas, todo esse cenário extremamente poético influiu de uma forma muito positiva para minha formação e também para minha inspiração enquanto escritor e poeta”, disse.
DIÁRIO DO SERTÃO
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