Universitário de Cajazeiras publica livro sobre utilização de entulhos na produção de argamassa
"Percebíamos o acúmulo de entulhos na região e achamos, como alternativa, usar esses resíduos", disse o pesquisador
O estudante de Engenharia Civil, Victor Valério Landim da Silva, de apenas 23 anos, focou sua vida acadêmica num dos ramos mais promissores do mundo globalizado: a produção sustentável. Apaixonado por materiais de construção, Victor uniu o útil ao agradável e desenvolve pesquisas no ramo da sustentabilidade.
Dedicado, o estudante publicou pela editora alemã Sia Omniscriptum Publishing, junto com os professores Gastão Coelho e Cícero Joelson, o livro “Construção Sustentável: adição de RCD na produção de argamassa”.
Lançada em janeiro deste ano, a publicação trata da produção de argamassa tendo como matéria prima a adição de RCD (resíduo de construção e demolição, popularmente conhecido como entulhos). O livro é resultado de um projeto de iniciação científica desenvolvido em 2016, no Campus IFPB de Cajazeiras.
“Eu já trabalhava com o professor Gastão na área de desenvolvimento sustentável. Percebíamos o acúmulo de entulhos na região e achamos, como alternativa, usar esses resíduos em substituição parcial do agregado natural que é a areia (um recurso limitado). Fizemos toda uma triagem até que sobrasse só resíduos de concreto, tijolo e cerâmica, que, em laboratório, foi triturado até virar pó. Conseguimos uma resistência maior que a argamassa normal, utilizada no mercado”, disse.
Victor se dedica à pesquisa de materiais ecologicamente corretos empregados na construção civil e participou do Congresso Luso Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis que aconteceu na universidade de Coimbra (Portugal) nos dias 14 a 16 de fevereiro. O projeto apresentado tratou da adição de garrafas pet moídas na produção de argamassa sustentável. “Todos os frutos que colhi devo ao IFPB e aos professores Gastão e Joelson que sempre me apoiaram em cada passo”, disse.
Victor busca difundir a ideia da usabilidade comprovada de materiais ecologicamente corretos na construção civil e aos poucos dirimir as resistências do mercado.
DIÁRIO DO SERTÃO com assessoria
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