VÍDEO: Óbitos são registrados na PB em 2024 do mesmo vírus que circula na China, diz Secretaria de Saúde
"O vírus sim, é o mesmo, porém nós não podemos afirmar se é a mesma variante", afirmou a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA) da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Fernanda Vieira
A chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA) da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Fernanda Vieira, alertou a população paraibana após divulgação nessa quinta-feira (9), do Boletim Epidemiológico de Vírus Respiratórios com o balanço dos casos de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados em 2024.
A profissional de saúde disse que houve 5 óbitos de metapneumovírus humano (HMPV) e 3 do metapneumovírus conjugados com outros vírus respiratórios. Ela afirmou que o referido vírus é o mesmo que tem afetado a China nas últimas semanas, no entanto, falou que a SES está em vigilância e ao mesmom tempo pediu para a população fazer sua parte em se proteger por meio das vacinas.
“Sim, esse é o mesmo vírus que está circulando lá na China. A maior preocupação das pessoas, é saber se é o mesmo vírus, o vírus sim, é o mesmo, porém nós não podemos afirmar se é a mesma variante. Assim como a covid, esse vírus tem outros tipos, tem outras variações, mas é um vírus que já está dentro da nossa vigilância. Nós já fazemos um monitoramento e nós podemos detectá-lo com aquele exame do cotonete que é colocado no nariz e é enviado ao LACEN quando rodado o painel viral”, explicou Fernanda.
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De acordo com Fernanda Vieira, os números acendem um alerta e reforçam a necessidade de manter a rotina de prevenção para evitar a proliferação e transmissão dos vírus, sendo a vacinação uma das principais medidas preventivas.
“Nós sempre chamamos a atenção para a questão das vacinas, principalmente contra a Covid-19 e também contra a Influenza, uma vez que a vacina contra a Influenza protege contra as duas tipologias desse agravo (A e B)”, ressaltou Fernanda ao destacar que o objetivo principal da vacinação é reduzir casos graves e óbitos. “É fundamental manter o esquema vacinal de crianças, adolescentes, adultos, gestantes e idosos regularmente atualizado”, acrescentou.
De janeiro a dezembro, foram registradas 4.378 notificações para Síndromes Respiratórias Agudas Graves, destas se identificaram os vírus por RT-PCR em 1.714 amostras, representando um aumento de 20,96% quando comparado com o ano de 2023.
Entre os vírus respiratórios com maior incidência houve predominância do SARS-Cov-2 em idosos e menores de ano (122 pessoas acima dos 60 anos e 30 crianças menores de um ano); Rinovírus (278 pessoas com até quatro anos); Parainfluenza 3 (31 crianças com até 4 anos de idade); e Vírus Sincicial Respiratório – VSR (372 crianças menores de um ano).
ÓBITOS – O Boletim também traz um balanço dos óbitos por SRAG. Ao todo, no ano passado, foram registrados 472 óbitos por SRAG, sendo a maioria deles decorrente de Covid-19 (93); Influenza A (50); Rinovírus (26) e VRS (24).
Também foram registrados óbitos por Enterovírus (7), Parainfluenza 3 (7), Metapneumovírus (5), Coronavírus HKU1 (2), Coronavírus NL63 (2), Parainfluenza 4 (2), Rinovírus + VSR (2), Adenovírus + VSR (1), Bocavírus (1), Coronavírus OC3 (1), Metapneumovírus + Bocavírus + Rinovírus (1), Metapneumovírus + Coronavírus OC3 (1), Metapneumovírus + Rinovírus (1), Parainfluenza 3 + Adenovírus (1), Parainfluenza 3 + VSR (1), Rinovírus + Adenovírus (1), Rinovírus + Coronavírus HKU1 e Rinovírus + Enterovírus (1).
Outros 10 óbitos seguem em investigação, sendo três em João Pessoa e um em cada um dos seguintes municípios: Alagoa Grande, Bananeiras, Campina Grande, Gurinhém, Itabaiana, Monteiro e Sapé.
Diante do cenário epidemiológico, a SES reforça a importância de manter os cuidados gerais. São alguns deles:
– Manter distanciamento social de outras pessoas e evitar aglomerações em caso de sintomas gripais;
– utilizar máscara se estiver com sintomas gripais;
– manter ambientes bem ventilados, com janelas e portas abertas;
– manter as mãos limpas através da lavagem das mãos ou uso de álcool em gel 70%;
– realizar etiqueta respiratória (conjunto de medidas adotadas para evitar a disseminação dos vírus);
– ao tossir ou espirrar cubra o nariz e a boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca com as mãos. Descarte adequadamente o lenço utilizado e após higienize as mãos;
– evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos. Se tocar, sempre higienize as mãos como já indicado;
– evitar abraços, beijos e apertos de mãos;
– higienizar com frequência os brinquedos das crianças e não compartilhar objetos pessoais (talheres, toalhas, pratos, copos e garrafinhas).
Para conferir o Boletim Epidemiológico de Vírus Respiratórios na íntegra, acesse o link https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/be_virus_respiratorios_01_2025-analise-2024.pdf .
O Ministério da Saúde está acompanhando atentamente o surto de metapneumovírus humano (HMPV) na China, que tem causado infecções respiratórias, especialmente entre crianças do país.
De acordo com Marcelo Gomes, coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios do Ministério da Saúde, até o momento não há alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de vários países, incluindo a China, para monitorar a situação e trocar informações relevantes.
Segundo Gomes, as últimas atualizações de vigilância do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China (China CDC) apontam que a magnitude e intensidade das infecções respiratórias foram menores do que as registradas no mesmo período do ano anterior. No entanto, foi observado um aumento nas infecções respiratórias agudas, incluindo gripe sazonal, metapneumovírus humano (HMPV), infecção por rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) e outros, particularmente nas províncias do norte chinês.
Embora o risco de uma pandemia seja considerado baixo pelos especialistas, o Ministério da Saúde salienta que é fundamental reforçar as medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias.
“É muito importante incentivar a vacinação entre os brasileiros, pois a imunização contra a covid-19 e a gripe é uma das maneiras mais eficazes de prevenção, especialmente para grupos prioritários como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades. As vacinas contra covid-19 e influenza continuam sendo eficazes contra formas graves, reduzindo o número de hospitalizações e óbitos pelas variantes em circulação. Além disso, o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais e resfriados ajuda a diminuir a transmissão de todos os vírus respiratórios, inclusive o metapneumovírus”, explica Gomes.
Sobre o HMPV
O HMPV é um vírus respiratório que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores, e foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2004. Desde então, o vírus tem sido monitorado como parte das atividades de vigilância epidemiológica do ministério, que inclui a coleta e análise de dados sobre doenças respiratórias. É um vírus conhecido no mundo e comum em casos de síndrome gripal (casos leves), podendo eventualmente evoluir para casos de síndrome respiratória aguda grave que requerem internação.
A vigilância do HMPV é realizada através do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), com a identificação de casos por meio dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHEs) em serviços de saúde. Esses núcleos monitoram a circulação de diversos patógenos respiratórios, incluindo o HMPV, em diferentes regiões do país.
Clique aqui e veja informações do Ministério da Saúde.
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