VÍDEO: Proposta salarial para professores é recusada e põe Prefeitura e Câmara de Cajazeiras em conflito
Na noite desta segunda-feira, em sessão, vereadores votaram contra projeto de lei do Poder Executivo que daria aumento de 2,94% para os professores municipais
O período legislativo 2018 da Câmara Municipal de Cajazeiras iniciou com um grande impasse entre o Poder Executivo e os professores da rede municipal de ensino, deixando o problema para os vereadores resolverem. A pauta de discussão é a reposição salarial, com base em lei federal, que a categoria está cobrando, mas a Prefeitura propôs valor inferior.
Na noite desta segunda-feira (05), a Câmara recebeu um projeto de lei do Executivo que daria aumento de 2,94% para os professores, mas a proposta foi recusada pelo Sindicato dos Funcionários Municipais de Cajazeiras (SINFUMC) e o projeto acabou não sendo votado pelos parlamentares.
“A Câmara não tem muito o que fazer a não ser votar ou reprovar. Então, com o consenso de todos, colocamos nas comissões, nomeamos as comissões para se encontrarem e tentarem chegar a um acordo para se votar a matéria, tendo em vista que nós temos dois problemas grandes: o prefeito pede no projeto urgência para ser votado; nós temos um prazo de cinco dias. Em compensação, os professores precisam receber os salários do mês de janeiro e estão sem receber porque estão aguardando esse reajuste”, explicou o presidente da Câmara, Marcos Barros (PSB).
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Com a unanimidade opinando pela reprovação do projeto, a presidente do SINFUMC, Elinete Lourenço, desabafou dizendo que os professores estão pedindo socorro, mas ressaltou que o histórico do sindicato é de lutar até o fim na defesa da categoria e que não aceitará a redução de direitos.
“Hoje a categoria está apavorada, está pedindo socorro. Mas nós não podemos rasgar mais uma vez [o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração] e dizer que somos a terra que ensinou a Paraíba a ler. Como é que na terra que ensinou a Paraíba a ler, um gestor rasga o PCCR dos nossos servidores? Então, não podemos calar com isso”.
A polêmica continuou durante toda a sessão até que os vereadores decidiram formar uma comissão e se reuniram com membros do setor jurídico da Prefeitura, na manhã desta terça-feira (06), para cobrar a reposição de 6,81% prevista por lei.
Os sindicalistas e os vereadores reforçaram suas posições, de que não aprovam a proposta da Prefeitura em hipótese alguma. Depois dessa decisão, os representantes da gestão municipal prometeram avaliar, junto ao prefeito José Aldemir (PP), se ele volta atrás na propositura ou não.
“Estamos cada vez mais exaurindo essa discussão. A reunião foi positiva porque a gente aprofundou cada vez mais, e vamos continuar discutindo. Vamos ter uma reunião com o prefeito para avaliarmos junto à discussão que houve aqui na Câmara e vamos, a partir daí, definir os novos passos em relação ao problema”, resumiu o secretário de Articulação Política José Anchieta.
DIÁRIO DO SERTÃO
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