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VÍDEO: Entenda quais serão os desafios do próximo presidente do Banco Central do Brasil indicado por Lula

O economista Gabriel Galípolo, de 42 anos, irá substituir Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central (BC) a partir de janeiro de 2025. Galípolo é diretor de política monetária do BC desde 2023. O nome, agora, será levado para sabatina do Senado Federal

Por Luiz Adriano

06/09/2024 às 18h44 • atualizado em 06/09/2024 às 18h55

Na coluna Economia do programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, o assessor de investimentos Elan Nascimento falou sobre a indicação do presidente Lula (PT) para presidir o Banco Central.

Elan Nascimento destacou os desafio que o economista Gabriel Galípolo, de 42 anos, irá enfrentar a partir de janeiro de 2025 à frente do Banco Central.

Galípolo é o diretor de política monetária do BC desde 2023 e irá substituir o atual presidente, Roberto Campos Neto.

O nome, agora, será levado para sabatina do Senado Federal. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, já anunciou que a indicação do economista será votada em Plenário dia 8 de outubro, após as eleições municipais. Pacheco pediu ainda para que o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Vanderlan Cardoso (PSD/GO), faça a sabatina de Galípolo antes dessa data.

Gabriel Galípolo – indicado por Lula para presidir o BC a partir de janeiro de 2025 – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Desafios – Elan Nascimento destaca que Galípolo tem chances de aprovação de quase 100%, no entanto o que ele ressalta são os desafios que o futuro presidente do Banco Central tem pela frente.

O primeiro deles, segundo o colunista, é controlar a “gangorra” que existe entre desenvolvimento econômico e combate à inflação.

“Sabemos que um dos principais papéis do Banco Central é manter a inflação dentro da meta, só que atualmente, os dados econômicos mostram que a economia brasileira está pujante, está apresentando altos índices de crescimento, de desenvolvimento, mas por outro lado, quando a atividade econômica está bastante aquecida, ela também causa uma pressão inflacionária, e nós estamos começando a assistir uma inflação que começa a se descolar da meta, então, certamente, esse vai ser o primeiro grande desafio de Galípolo, fazer com que exista uma equação coerente entre a meta inflacionária e o desenvolvimento econômico”, destacou.

O segundo grande desafio do futuro presidente do BC, segundo Elan, será o de manter “inabalável”, a independência do órgão. Ele explica que por lei, o BC é uma autarquia independente, e as decisões que precisam ser tomadas pelos diretores, “devem ser decisões técnicas, que não podem ser contaminadas por interesses políticos”.

Elan nascimento enfatizou que o atual presidente soube conduzir essa independência. “Campos Neto passou por esse teste muito bem”, pontuou.

“O mercado teme que Galípolo ele ceda a algumas pressões políticas e é importante ele manter inabalável essa independência do BC, até mesmo para poder conquistar a confiança dos agentes de mercado, pois alguns agentes de mercado acreditam que ele pode ceder a algumas pressões políticas que não sejam técnicas”, explicou.

Por último, o colunista do Diário do Sertão acredita que o terceiro e grande desafio de Galípolo é conseguir dar continuidade ao protagonismo tecnológico do BC. Elan falou que este foi um dos grandes legados que Campos Neto deixará. Como exemplo, o comentarista cita a criação do PIX.

“O BC teve um desenvolvimento para esse lado da tecnologia muito grande e se tornou protagonista mundial. O PIX é um projeto que está sendo copiado por outros bancos centrais, então manter esse protagonismo tecnológico é um outro grande desafio que Galípolo tem para poder dar continuidade”, frisou.

“Vamos aguardar a sabatina de Gabriel Galípolo. Capacidade ele tem de sobra para conduzir o Banco Central”, concluiu Elan Nascimento.

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