VÍDEO: Consultor explica de forma simples por que o dólar sobe e desce e como isso afeta nosso dia a dia
Elan Nascimento, do quadro "Economia" no programa Olho Vivo, explicou a relação da moeda americana com a moeda brasileira e os impactos na inflação
As oscilações no valor do dólar no Brasil tem sido assunto recorrente nos noticiários de economia e política nos últimos dias. O comportamento da moeda americana aqui também gera discussão política porque muitas vezes atribuem a culpa pelas variações cambiais às declarações públicas feitas por presidentes da República. Lula, por exemplo, vem enfrentando esse tipo de desconforto.
Nesta quinta-feira (4), o dólar teve mais um dia de forte baixa frente ao real, ampliando as perdas da véspera, à medida que diminuiu a preocupação dos investidores com o quadro fiscal brasileiro após falas do presidente reafirmando compromisso do governo com as contas públicas.
Lula também amenizou as críticas ao Banco Central e passou a defender equilíbrio fiscal. Coincidência ou não, o dólar comercial fechou em baixa de 1,46%, a R$ 5,486 na compra e R$ 5,487 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro para agosto operava com baixa de 1,17%, a 5.504 pontos.
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Dito isso, afinal, você sabe o que provoca altas e baixas do dólar no Brasil e de que forma essas oscilações afetam o dia a dia do brasileiro? De maneira simples, o assessor de investimentos Elan Nascimento, do quadro “Economia” no programa Olho Vivo, explicou a relação da moeda americana com a moeda brasileira e os impactos na inflação.
Segundo Elan, é o regime cambial flutuante, ou seja, a oferta e demanda pela moeda, que determina, a princípio, o seu valor momentâneo. No Brasil, os principais compradores de dólar são o próprio governo, os bancos e os exportadores e importadores.
“Num país onde a taxa de juros é alta – que é o caso do Brasil, por exemplo -, há um interesse do investidor em querer aplicar dinheiro aqui, porque ele vai ganhar dinheiro pelo fato da taxa de juros ser alta. Isso ajuda com que haja muita entrada de dólar no país”, inicia o assessor.
“Quando as exportações são maiores do que as importações, está entrando muito dólar, porque quem exporta está vendendo e recebendo em dólar. Quem importa, está comprando, então está saindo dólar. Então, importações e exportações definem o volume de entrada e saída dessa moeda. As ações do governo no swap cambial determina a entrada e saída dessa moeda. E também a questão dos investidores. Quem quer investir no país, vai olhar para a taxa de juros e isso vai determinar a entrada e saída dessa moeda”, acrescenta.
Em que esse mercado afeta o dia a dia brasileiro?
Elan Nascimento explica que a inflação está diretamente relacionada ao preço do dólar, já que o Brasil importa muitos produtos e o dólar é a moeda de negociação.
“A partir do momento em que a moeda sobe, a compra de determinados itens que nós utilizamos no nosso dia a dia fica mais cara. E se essa alta for persistente, isso vai gerar inflação”, resume.
Elan utiliza como exemplo o simples pãozinho que comemos diariamente. A principal matéria-prima de sua produção, o trigo, geralmente é exportada, e a compra é feita em dólar. Logo, se a moeda está em alta, o preço do pãozinho inflaciona.
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