Pesquisa Sebrae: 78% dos pequenos negócios da PB ainda enfrentam redução de lucro devido à pandemia

Imagem ilustrativa. (Foto: © Fernando Frazão/Agência Brasil).

O avanço da campanha de imunização contra o coronavírus e a consequente redução de casos da Covid-19 no Brasil tem renovado as esperanças do mercado para uma reação mais expressiva da economia nos próximos meses. Apesar disso, os pequenos negócios da Paraíba ainda sofrem com os impactos significativos provocados pela pandemia em seu faturamento mensal. É o que revela a 12ª edição da pesquisa “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Aplicada entre os meses de agosto e setembro, a pesquisa realizou 68 entrevistas na Paraíba, com microempreendedores individuais (MEI) e donos de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). De acordo com os dados, 78% dos empreendedores continuam registrando diminuição em seu faturamento mensal por conta da pandemia, enquanto 12% verificaram um aumento dos seus ganhos. Já 9% disseram que o faturamento permanece igual ao que era registrado antes da pandemia.

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Ainda segundo os números, comparando a semana anterior ao período de realização da pesquisa com uma semana considerada normal para as empresas, entre os entrevistados que apontaram redução de faturamento, essa redução média foi de 52%. Já entre os empreendedores que relataram aumento dos ganhos, esse crescimento médio foi de 31%.

Outro ponto abordado pela pesquisa, que também evidencia a realidade das micro e pequenas empresas (MPE) da Paraíba, está relacionado ao desempenho dos negócios na última data comemorativa do varejo que antecedeu a pesquisa: o Dia dos Pais. Conforme os dados, 59% dos entrevistados disseram que as vendas foram piores que as de 2020, enquanto 30% afirmaram que elas foram iguais às de 2020. Nesse universo, apenas 10% conseguiram superar positivamente as vendas do ano passado.

Para a gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, os dados refletem, entre outros fatores, um comportamento mais precavido adotado pela maioria dos consumidores. “A pandemia ainda gera muitas incertezas e isso fez com que houvesse uma mudança significativa no que diz respeito à forma com que o consumidor planeja e realiza suas compras. Vê-se agora um consumidor mais prático, que busca comprar o essencial e que ressignificou a forma de priorizar suas compras”, explicou.

Apesar das dificuldades, a maior parte dos empresários entrevistados pela pesquisa apresenta um perfil otimista no cenário atual. Perguntados sobre qual frase melhor representa a sua situação no momento, 21% disseram que “os desafios provocaram mudanças que foram valiosas para o meu negócio”, 18% escolheram a frase “animado com novas oportunidades” e 17% acreditam que “o pior já passou”. Já para 44% dos entrevistados, a frase que melhor representa o momento é “ainda tenho muitas dificuldades para manter meu negócio”.

“Há uma expectativa de que no último trimestre, em especial, os preparativos para um Natal de retomada atraiam os clientes para as oportunidades de compras. O que se espera é um Natal de consumidores imunizados, que querem compartilhar o desejo de estarem juntos e que irão celebrar esse momento”, acrescentou a gerente do Sebrae.

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