Em Sousa: estudos apontam que pegadas do Vale dos Dinossauros podem desaparecer entre 3 e 8 anos
Apesar de as pegadas terem mais de 136 milhões de anos, elas estão sendo destruídas pelo processo de erosão e pela exposição à pisada de animais.
Um grupo de pesquisadores coordenados pela pós doutoranda em Geologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Aline Ghilardi , está em Sousa, para estudar e compreender a distribuição dos dinossauros em solo sousense. O objetivo dos estudiosos é tentar preservar a história desses repteis da forma mais fidedigna possível.
Além de Aline Ghilardi, a equipe também é formada pelo geólogo, Tito Aureliano e pelos mestres em Ecologia e Recursos Naturais (UFSCar), Pedro Buck e Bernardo Pimenta. Os cientistas estão fazendo fotografias tridimensionais de forma que se o tempo destruir as pegadas, elas permaneçam registradas em plataformas digitais.
Apesar de as pegadas terem mais de 136 milhões de anos, elas estão sendo destruídas pelo processo de erosão e pela exposição à pisada de animais. Segundo Ghilardi, algumas pegadas estão previstas para desaparecer entre 3 e 8 anos, se não forem tomadas as devidas precauções.
“Existe uma necessidade urgente da conservação deste sítio. Um deles é o que está na Passagem das Pedras. Há uma necessidade de uma ação pública em prol da preservação deste patrimônio,” disse.
Audiência pública
Pensando na manutenção das pegadas, será promovida na próxima terça-feira (30), ás 16h, no auditório do Sebrae, uma audiência pública voltada para políticos, estudantes, pesquisadores e demais membros da sociedade civil. O encontro está sendo articulado pelo ambientalista, César Nóbrega, e pelo Sebrae. Na ocasião, os especialistas irão esclarecer vários pontos a respeito da necessidade de preservação dos sítios arqueológicos culminando com a formulação de um agenda de ações para zelar por este patrimônio.
DIÁRIO DO SERTÃO com informações de Enio Marx
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