Golpe do Pix: aprenda a evitar perigo que cresce no Brasil
O problema é que quando uma tecnologia se torna popular e cotidiana, golpistas buscam mecanismos de abusá-la para roubar vítimas
Desde seu lançamento em Outubro de 2020 pelo Banco Central, o sistema Pix conquistou rapidamente o cotidiano de praticamente todos os brasileiros: a possibilidade de realizar transferências de valores pequenos ou altos, sem as taxas e atrasos das tradicionais modalidades TED e DOC, além dos códigos facilitados e chaves fáceis de lembrar são alguns de seus atrativos que tornam as transações Pix as mais comuns em todo o Brasil.
O problema é que quando uma tecnologia se torna popular e cotidiana, golpistas buscam mecanismos de abusá-la para roubar vítimas e, de acordo com dados coletados durante a primeira metade de 2023, o número de golpes envolvendo o Pix está em crescimento alarmante no país – gerando prejuízos incalculáveis a milhares de brasileiros. Confira e aprenda a evitar os golpes mais comuns.
Código QR modificado
Os códigos QR, abreviação de Quick Response (Resposta Rápida), são os famosos quadradinhos compostos por pontos e linhas em preto e branco que podem ser lidos por dispositivos eletrônicos, como smartphones, utilizando a câmera ou aplicativos específicos. Ao contrário dos códigos de barras convencionais, os códigos QR têm uma capacidade de armazenamento maior, permitindo a inclusão de diversos tipos de informações, como links de sites, informações de contato, mensagens de texto e muito mais.
Uma de suas aplicações mais importantes está nos pagamentos via Pix: atualmente é possível realizar uma transação apenas escaneando o código QR do lojista ou prestador de serviços, e é comum encontrar um código impresso e exibido no balcão de atendimento ou caixa. Dados da ExpressVPN mostram que mais da metade dos brasileiros já está completamente habituada a escanear os códigos para pagar suas compras, no entanto, este hábito pode se tornar perigoso graças à distração: golpistas estão imprimindo seus próprios códigos e os colando por cima do código das lojas e supermercados. Assim, o cliente realiza a transferência para a conta do criminoso sem perceber, e em muitos casos, o erro só é notado pelo vendedor após muitos dias.
A principal forma de prevenir o golpe do código QR falso é consultar com cuidado o nome ou CNPJ de quem receberá a transferência antes de confirmar a transação. Além disso, é recomendável que lojistas protejam o código QR com uma barreira de plástico ou vidro, ou mantenha-o exibido em uma posição distante de difícil acesso e manipulação pelos clientes.
“Urubu do Pix” e investidores automáticos
Um fenômeno em rápido crescimento nas redes sociais, como Twitter, TikTok, WhatsApp e Instagram, é a disseminação de golpes envolvendo os mascotes do Pix. Esses golpes são compartilhados por meio de anúncios ou imagens que prometem uma conta Pix capaz de multiplicar o dinheiro recebido. Uma versão ainda mais convincente do golpe oferece um sistema de investimento automático, no qual o dinheiro é aplicado e parte do lucro é devolvida após alguns minutos.
A estratégia por trás desses golpes é simples: a conta que recebe o dinheiro nunca o devolverá. Para atrair um maior número de vítimas, os golpistas criam transmissões ao vivo em plataformas como TikTok, simulando casos de sucesso e comentários falsos aparecem na tela, supostamente enviando dinheiro e confirmando o recebimento da transação. No entanto, todas as contas e gravações são fictícias, permitindo que os golpistas acumulem todo o saldo recebido. Portanto, é de extrema importância nunca enviar qualquer quantia, mesmo que pequena, para qualquer chave Pix que prometa devolução, lucro ou multiplicação do valor. Esses golpes são fraudulentos e visam enganar os usuários desprevenidos em busca de ganhos fáceis, sendo fundamental estar ciente e vigilante para evitar cair nesse tipo de armadilha.
Golpe do comprovante adulterado
Profissionais prestadores de serviços, comerciantes e vendedores são frequentemente alvos de um terceiro tipo de golpe: por meio de aplicativos disponíveis para Android, é possível criar comprovantes falsos extremamente realistas, com qualquer valor inserido pelo golpista, simulando os comprovantes criados por bancos como Nubank, Inter, Itaú e Bradesco.
A estratégia desse golpe envolve a compra de um produto ou serviço e, na hora do pagamento via Pix, enviar apenas um valor extremamente baixo – como um real. No entanto, logo de imediato, o golpista distrai a vítima e mostra ou envia o comprovante adulterado – que mostrará a data real, logotipo do banco e valor completo. A ideia é que a vítima só perceba o golpe mais tarde, quando verificar o saldo em conta no fim do dia.
Para evitar esse golpe, a recomendação é sempre conferir imediatamente o valor na conta – as transações Pix ocorrem de forma imediata e direta, então não há qualquer justificativa para um comprovante apresentado sem o valor correspondente na conta ou com discrepância entre o valor mostrado e o valor recebido.
A plataforma Pix modernizou todo o sistema de pagamentos no Brasil, e a tendência é sua inserção em cada vez mais serviços do dia a dia. No entanto, é importante criar bons hábitos de segurança para evitar se tornar vítima dos crescentes golpes relacionados ao Pix.
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