Lideranças politicas querem resgatar a Via férrea
O momento de efervesencia e crescimento, que vive a região sertaneja e em especial a cidade de Cajazeiras, tem suscitado de políticos e empresários o desejo de lutar pelo reestabelecimento da linha férrea que cortava a região do Alto Piranhas e Rio do Peixe. A descoberta de Petroleo na região do Rio do Peixe, nas […]
O momento de efervesencia e crescimento, que vive a região sertaneja e em especial a cidade de Cajazeiras, tem suscitado de políticos e empresários o desejo de lutar pelo reestabelecimento da linha férrea que cortava a região do Alto Piranhas e Rio do Peixe.
A descoberta de Petroleo na região do Rio do Peixe, nas cidades de Santa Helena, São João do Rio do Peixe e Triunfo, e jazidas de ferro na zona rural de Cajazeiras, são motivos suficientes para que a velha linha de trem, volte a ser ativada para o transporte de cargas e passageiros.
A construção do aeroporto regional do sertão, obra que já foi iniciada pelo governo do estado, será também um grande aporte para o crescimento dos setores industrial e comercial e de exploração mineral na região.
Políticos e empresários, já encabeçam uma luta para que a velha linha férrea de Cajazeiras, seja reativada para contribuir com o crescimento da região.
No Sertão do Ceará, o governo federal iniciou a construção da Ferrovia Transnordestina, uma idéia surgida durante o Império pelo grande brasileiro Barão de Mauá, que vai ligar a cidade de Eliseu Martins no Piauí aos portos de Pecém(CE) e Suape(PE), um projeto de R$4,5 bilhões. O Presidente Lula esteve na cidade de Missão Velha, no Cariri, onde celebrou o inicio da Ferrovia, mas o único trecho em obras, até o momento, é de Missão Velha a Salgueiro(PE), depois de dois anos da visita do presidente. As obras estão esbarrando na burocracia.
A chegada da Via Férrea em Cajazeiras
O primeiro trem da Rede Viação Cearense – RVC chegou a Cajazeiras em 5 de agosto de 1923, quase coincidindo com o início de operação da Usina Santa Cecília, moderna fábrica de descaroçamento e prensagem de algodão e complementada por unidade de óleos vegetais, construída antes de 1930 pelo coronel Joaquim Matos, que, para tanto, recebeu isenção de impostos do governo do presidente João Pessoa como registrado na Mensagem Apresentada à Assembléia Legislativa na Abertura da 2ª Reunião da 10ª Legislatura, 1929.
Em 1891, os trilhos já estavam em Quixadá, em 1910, já Lavras da Mangabeira os recebia. Essas datas antecedem à ascensão de Epitácio Pessoa à presidência da República. Com ele tomou impulso, se bem que privilegiando a ligação via estrada da Paraíba, de modo que só em 1925 alcançou Missão Velha e, finalmente, em 1926, o trem da RVC entra em Juazeiro do Norte e Crato.
Antes disso, porém, já chegara a São João do Rio do Peixe, graças à força política do padre Joaquim Cirilo de Sá, chefe epitacista incontestável no município e no sertão, a ponto de sobrepujar os interesses cajazeirenses que lutaram para que o traçado da via férrea fosse Lavras – Cajazeiras e não Praino – São João do Rio do Peixe. A Cajazeiras coube a compensação de ter um ramal, inaugurado festivamente em 5 de agosto de 1923, construído, portanto, antes do prosseguimento das obras rumo ao leste para alcançar Sousa, cuja estação ferroviária foi inaugurada em 13 de maio de 1926.
O Fim
A cidade de Cajazeiras teve seu trem, o transporte, na época, dos pobres e dos ricos até o ano de 1964, que por um ato insensato e ditatorial dos que fizeram a Revolução de 1964, fez cessar. A velha locomotiva já não bufava e soltava fumaça pelas ventas ao subir a Serra da Arara para chegar até a Estação, em Cajazeiras, com seu apito que varava as ruas, becos e vielas da cidade.
JOSELITO FEITOSA
Com informações Professor José Antonio e
Francisco Cartaxo Rolim
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