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Donos de terras não recebem indenizações e impedem trabalhos da Transposição

A Transposição do Rio São Francisco está paralisada desde de quinta-feira (14), agricultores impedem a entrada de máquinas em suas terras alegando não terem recebido dinheiro de indenizações.

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18/01/2010 às 23h03

Um impasse entre as empresas responsáveis pela realização das obras do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco e proprietários de terras está impedindo o trabalho das empreiteiras, localizado no município de São José de Piranhas e parte de Cajazeiras.

Desde a última quinta-feira (14), agricultores impedem a entrada de máquinas em suas terras alegando não terem recebido dinheiro de indenizações. O empecilho preocupa o sindicato dos trabalhadores rurais de São José de Piranhas que teme um conflito maior entre donos de terras e empreiteiras da transposição.

Na sexta-feira (15), operadores de máquinas que estavam realizando escavações na região do sítio Morros, em são José de Piranhas, foram obrigados por donos de terras a retornarem ao acampamento.

Só no eixo norte 199 famílias ainda não receberam pagamento de suas indenizações e muitos processos se arrastam na justiça. O agricultor Antônio Valdemar de Sousa, que tem sua propriedade no sítio Morros avaliada em R$ 226.126, 20 (duzentos e vinte seis mil cento e vinte e seis reais e vinte centavos), diz que sua terra foi uma das primeiras a serem indenizadas e ainda está à espera do pagamento.

Dúvida
“Não entendo por que alguns já receberam todo o pagamento e minha terra que foi uma das primeiras a serem indenizadas ainda está na justiça e eu não recebi nada, não vou deixar máquina alguma entrar em minha terra, só entra se passar por cima de mim”. Afirma ele.

Na manhã desta segunda-feira (18), dezenas de agricultores se reuniram com o Sindicato dos trabalhadores rurais de São José de Piranhas para procurarem uma alternativa.

Enquanto o caso não se resolve a entidade teme haver um conflito maior entre donos de terras e empreiteiras, já que o consórcio de execução da obra ameaça convocar o exército para a desocupação das áreas.

Da redação do Diário do Sertão
Com Portal Radar Sertanejo

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