Donos de terras não recebem indenizações e impedem trabalhos da Transposição
A Transposição do Rio São Francisco está paralisada desde de quinta-feira (14), agricultores impedem a entrada de máquinas em suas terras alegando não terem recebido dinheiro de indenizações.
Um impasse entre as empresas responsáveis pela realização das obras do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco e proprietários de terras está impedindo o trabalho das empreiteiras, localizado no município de São José de Piranhas e parte de Cajazeiras.
Desde a última quinta-feira (14), agricultores impedem a entrada de máquinas em suas terras alegando não terem recebido dinheiro de indenizações. O empecilho preocupa o sindicato dos trabalhadores rurais de São José de Piranhas que teme um conflito maior entre donos de terras e empreiteiras da transposição.
Na sexta-feira (15), operadores de máquinas que estavam realizando escavações na região do sítio Morros, em são José de Piranhas, foram obrigados por donos de terras a retornarem ao acampamento.
Só no eixo norte 199 famílias ainda não receberam pagamento de suas indenizações e muitos processos se arrastam na justiça. O agricultor Antônio Valdemar de Sousa, que tem sua propriedade no sítio Morros avaliada em R$ 226.126, 20 (duzentos e vinte seis mil cento e vinte e seis reais e vinte centavos), diz que sua terra foi uma das primeiras a serem indenizadas e ainda está à espera do pagamento.
Dúvida
“Não entendo por que alguns já receberam todo o pagamento e minha terra que foi uma das primeiras a serem indenizadas ainda está na justiça e eu não recebi nada, não vou deixar máquina alguma entrar em minha terra, só entra se passar por cima de mim”. Afirma ele.
Na manhã desta segunda-feira (18), dezenas de agricultores se reuniram com o Sindicato dos trabalhadores rurais de São José de Piranhas para procurarem uma alternativa.
Enquanto o caso não se resolve a entidade teme haver um conflito maior entre donos de terras e empreiteiras, já que o consórcio de execução da obra ameaça convocar o exército para a desocupação das áreas.
Da redação do Diário do Sertão
Com Portal Radar Sertanejo
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