Fatores políticos podem ter paralisado construção de adutora e estendido colapso de água em Luis Gomes

A mudança no governo do Rio Grande do Norte pode ter sido o fator fundamental para a paralisação das obras da adutora que levará água para o abastecimento do município de Luis Gomes, no Alto Oeste do Estado.

Segundo moradores, a derrota do grupo político dos ex-governadores Iberê Ferreira e Vilma Faria causou a interrupção do serviço da adutora que está com cerca de 80% em execução. O aposentado Antonio Alexandre da Silva, de 75 anos revelou que tanto o ex-prefeito Carlos José Fernandes quanto o atual Tadeu Nunes votaram contra a atual governadora Rosalba Ciarlini e por isso estão tendo dificuldades para pedirem o retorno da obra.

O último grande colapso em Luis Gomes foi registrado em 1998, mas em 2003 houve outro, porém sem grandes prejuízos.

Carro-pipa
Há mais de noventa dias a cidade vem sendo abastecida com carros-pipas do Exercito e do Governo do Estado, além de caminhões da Prefeitura depois que o único açude (Quati) que abastece a população secou.

Mas nem todos os moradores recebem a água gratuitamente. Seu Antônio revelou que donos de estabelecimentos como restaurantes chegam a pagar R$ 100,00 por 8 mil litros. Já habitantes comuns desembolsam R$ 20,00 por mil litros do precioso líquido.

Infraestrutura
Na opinião de Aristófanes Teodoro, um dos responsáveis pela CAERN (Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte) o colapso em Luis Gomes tem como causas a falta de chuvas em anos que antecederam 2011, o aumento no número de hidrômetros devido ao acréscimo populacional dos últimos anos e a ausência de investimentos em infraestrutura no sistema por parte dos governos anteriores.

Para o técnico que atua nesta área há cerca de 30 anos, existe uma previsão para que os trabalhos da adutora do Alto Oeste sejam retomados no mês de março. “Até lá temos que apelar para Deus e as pipas”. Disse.

Levi Dantas, DIÁRIO DO SERTÃO em Sousa
 

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