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Cajazeiras ganhará ramal da Trasnordestina ligando a Paraíba ao estado pernambucano; Prazo será de dois anos

Muito bom: Segundo o presidente da empresa Transnordestina Logística, Ângelo Baptista, o prazo será de dois anos.

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24/09/2013 às 13h38

O presidente da empresa Transnordestina Logística, Ângelo Baptista, anunciou nessa segunda-feira (24), a recuperação dos mais de 400 quilômetros da malha ferroviária da Paraíba.

Segundo o presidente, o prazo será de dois anos, a partir de 2014. Ele também anunciou que a Paraíba será contemplada com um ramal da Ferrovia Transnordestina, ligando Ipojuca (PE) a João Pessoa e ao Porto de Cabedelo.

Baptista assegurou ainda, que a Ferrovia Transnordestina vai contemplar o Estado entre Arrojado, no município de Lavras da Mangabeira (CE), e Cajazeiras, no Sertão da Paraíba.

A conquista deste importante benefício para a cidade de Cajazeiras é um pleito do Senador Vital do Rêgo (PMDB)

Compromisso
O anúncio da recuperação da malha da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e a construção de dois ramais da Ferrovia Trasnordestina foi feito durante audiência pública promovida pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), sobre as alternativas de interligação do País pelo transporte ferroviário. Foi a primeira audiência pública para discutir a ampliação e recuperação da malha ferroviária que hoje está sob o comando da Transnordestina Logística, uma empresa pertencente ao Grupo CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). A Transnordestina Logística foi criada em 1998 com o nome de Companhia Ferroviária do Nordeste.

Outras audiências serão realizadas a partir de novembro. A audiência pública de ontem foi articulada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, Vital do Rêgo Filho. Além do presidente da Transnordestina Logística, Angelo Baptista, e do senador Vital do Rêgo, participaram da audiência pública o diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, e o diretor de ferrovias, Carlos Nascimento.

O evento foi realizado no Hotel Verde Green, na Orla de Manaíra, e teve a participação dos senadores Cícero Lucena Filho (PSDB) e Cássio Cunha Lima, dos deputados federais Manoel Júnior (PMDB), Hugo Motta (PMDB), Nilda Gondim (PMDB) e Efraim Filho (DEM), dos deputados estaduais Raniery Paulino (PMDB) e Toinho do Sopão (PEN), da prefeita de Patos, Francisca Motta, e do suplente de senador, Tavinho Santos.

Ainda participaram da audiência pública representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Companhia Docas da Paraíba (gestora do Porto de Cabedelo), Sebrae, Faculdades Maurício de Nassau, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), empresários e jornalistas.

TAC obriga recuperação
Segundo o presidente da Transnordetsina Logística, a recuperação da ferrovia paraibana está prevista em um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado entre a Transnordestina Logística e a ANTT e faz parte do PIL (Programa de Investimento em Logística) do Governo Federal.

Segundo Baptista, o contrato de concessão que contemplou a Transnordestina Logística foi o primeiro a ser renovado pelo governo federal, no setor ferroviário. A exploração de algumas ferrovias pela empresa vai até o ano 2057. A concessão obriga aos acionistas bancarem parte dos investimentos, que, ao final, totalizarão R$ 8 bilhões, inclusive  com financiamentos do Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Sudene e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O TAC obriga a Transnordestina Logística a recuperar a malha ferroviária da Paraíba mediante critérios técnicos definidos pela ANTT.

“Vamos investir na malha ferroviária da Paraíba, de forma que ela voltará a funcionar. Com a recuperação da malha, projetos de exploração de minérios poderão ser viáveis no Estado”, disse Baptista, lembrando que a malha ferroviária do Estado já teve um importante fluxo de transporte de produtos que vinham do Ceará, Piauí e do Norte do Brasil.

Lembrou que a Paraíba também utilizava a malha para o transporte de cimento para o Estado do Maranhão. “Vamos recuperar o que existe. Esse trecho terá novos investimentos”, reforçou. Ele disse que os trilhos, dormentes e a brita existentes em toda a ferrovia serão substituídos.

Com a assinatura do TAC, na última sexta-feira, segundo o presidente da empresa, haverá celeridade nas obras de construção da Ferrovia Transnordestina, que  vem sendo implementada desde o ano de 2006.

Porto precisa de investimentos
Angelo Baptista também defendeu a necessidade de investimentos no Porto de Cabedelo, para que a ferrovia volte a ser viável. Sem um porto competitivo e viável, os investimentos na ferrovia serão à toa, no entendimento do presidente da Transnordetsina Logística.
 Durante a audiência pública, a prefeita de Patos, Francisca Motta, expôs uma situação que chegou a provocar mortes de pacientes que eram conduzidos ao Hospital Regional de Patos, nos anos 70.

Os trens interditavam a ligação entre as zonas sul e norte de Patos, formando uma barreira entre o Centro e o Bairro de Belo Horizonte, onde está o principal hospital do Sertão, o Hospital Regional Janduhy Carneiro.

A prefeita Francisca Motta solicitou providências no sentido de se construir um viaduto, de forma que os trens não interditem mais o fluxo de veículos, quando a ferrovia for recuperada e voltar a funcionar.

O assunto será discutido mediante critérios técnicos pela ANTT, segundo Vital do Rêgo Filho, que foi convidado pelo diretor-geral para conhecer os detalhes técnicos da obra. Segundo Vital Filho, o momento de fazer alteração no projeto é agora.

O diretor de ferrovias, Calos Nascimento, afirmou que um estudo aponta três trechos complementares viáveis no projeto da Transnordestina. No entendimento dele, o mais viável é o que contempla a Paraíba. Vem de Ipojuca, passa por Goiana até chegar a João Pessoa e Cabedelo. O trecho possibilitará a ligação do Nordeste com o Sul, entre os portos de Cabedelo e Rio Grande (RS).

Após recuperada, a malha ferroviária da Paraíba poderá ser utilizada, inclusive, para o transporte de passageiros, segundo o diretor da ANTT. Se houver viabilidade no transporte de passageiro para o Sertão, o Governo da Paraíba poderá assumir a ferrovia, segundo o diretor da ANTT.

DIÁRIO DO SERTÃO com Jornal Correio

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