EXCLUSIVO: Cajazeirense fala pela primeira vez como sobreviveu desaparecida no mato por 21 dias e pede perdão
A comerciária Evilma de Souza Simões, de 50 anos, saiu de casa para trabalhar no dia 13 de fevereiro e, de repente, mudou o rumo do seu destino, não sendo mais encontrada por familiares e amigos
A comerciária Evilma de Souza Simões, de 50 anos, ficou desaparecida por 21 dias. Ela saiu da sua casa, em Cajazeiras, para trabalhar no dia 13 de fevereiro de 2023 e, de repente, mudou o rumo do seu destino, não sendo mais encontrada por familiares e amigos. Foram dias de angústia e muitas buscas em matagais, distritos, cidades e até em outros estados.
A busca por Evilma mobilizou também uma corrente de orações de pessoas que temiam pela vida dela. No dia 5 de abril, um domingo, ela foi encontrada na zona rural de Cajazeiras, fisicamente debilitada e com quadro de desidratação. Foi encaminhada ao hospital e após o atendimento médico, liberada para voltar para casa. Ainda se recuperando, Evilma está no convívio da família recebendo amor e calor humano.
Foi ela própria quem convocou a nossa reportagem para poder fazer um agradecimento a todos que oraram para que tudo terminasse bem. “Nesse momento, gratidão está sendo uma palavra muito pouca”, disse Evilma. “Eu costumo dizer que Deus envia anjos na minha vida, pessoas maravilhosas. Quero pedir perdão se machuquei alguém. Mas, não foi minha intenção”, completa.
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Nessa entrevista exclusiva emocionante ao repórter Elmo Lacerda, Evilma de Souza não revela o motivo que a levou a passar tantos dias sozinha no meio do mato, refletindo. Mas conta que Deus sabe o porquê de seu desaparecimento e que foi preciso ficar esse tempo afastada, convivendo com a natureza e com seus próprios pensamentos. Ela cita o trecho da Bíblia em que Jesus Cristo sobe ao Monte das Oliveiras para orar. “Eu não estava bem com tanta coisa. Foi preciso eu ficar esse tempo em oração, e o Senhor não deixou me faltar nada”.
Durante os 21 dias em que ficou sozinha no meio do mato, Evilma se alimentou de frutas, que ela dividia com pássaros, e bebia água de açudes. “Eu sempre dividia com os animais, mas era maravilhosa, era a água mais gostosa do mundo, e as mangas que eu dividia com os pássaros. Se você não mexe na natureza, ela não mexe contigo”, ela diz.
No final da entrevista, Evilma tem um momento de afeto com a sua mãe. “Nesse dia da mães eu quero agradecer á minha mãe maravilhosa. Por isso hoje eu estou de pé. Aonde eu estava, era com ela nos meu pés, eu estava com as sandálias dela, e quero dizer que eu a amo”.
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