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Técnico Tite diz que não vai a Brasília ser recebido pelo presidente “nem ganhando nem perdendo”

Ainda no âmbito da política, o técnico da seleção brasileira falou sobre o fato de a camisa amarela ter se tornado símbolo da direita no Brasil e por isso ela está sofrendo resistência de uma parte da população

Por Luis Fernando Mifô

23/10/2022 às 10h55 • atualizado em 23/10/2022 às 11h06

Tite, técnico da seleção brasileira (Foto: Léo Martins)

O técnico da seleção brasileira, Tite, prestou uma entrevista exclusiva aos jornalistas Bruno Marinho, Diogo Dantas e Renan Damasceno, do Jornal O Globo, e falou sobre sua relação com o atual momento político pelo qual atravessa o Brasil.

Perguntado se é possível que ele tenha que ir a Brasília ser recebido pelo presidente da República mesmo contra a sua vontade, Tite foi taxativo:

“Não vou nem ganhando nem perdendo. A seleção pode ir e eu não vou. É uma questão pessoal. E ela não depende de quem vai ganhar a eleição. Eu falei isso quando era o Michel Temer presidente. Não me sinto confortável, não é o meu chão”.

Ainda no âmbito da política, Tite falou sobre o fato de a camisa amarela ter se tornado símbolo da direita no Brasil e por isso ela está sofrendo resistência de uma parte da população.

“Eu digo para você: pega essa torcida e deixe que ela fique com essa batalha. Eu não luto essa batalha. A batalha do futebol é a da educação, da competição para ser melhor, mas com limites éticos; e a de ser o mais arrojado, o mais criativo; e a de respeitar nossas origens. Pegue esse peso e fique com ele. Eu digo: ‘essa batalha fica contigo, não transfira para mim’.”

O técnico nega que haja alguma diretriz da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a respeito de posicionamento político dos atletas e da comissão?

“Absolutamente não. Democraticamente, para usar o termo, e não me sentiria nunca à vontade. Eu faço através do meu exemplo, falamos entre nós sobre aquilo que é nossa realidade, o futebol”.

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