VÍDEO: Presidente do TRE-PB fala sobre regras, combate às fake news e faz alerta sobre compra de votos

Com as campanhas eleitorais já nas ruas e as eleições se aproximando, o programa Olho Vivo, da TV Diário do Sertão, entrevistou nesta quinta-feira (25) o presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargador Leandro dos Santos, para esclarecer dúvidas sobre o processo eleitoral que vai definir o próximo presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais.

Leandro dos Santos falou do papel que o TRE exerce para garantir um processo eleitoral marcado pela tranquilidade e ressaltou os avanços promovidos pela urna eletrônica e pelas ferramentas de combate à desinformação.

O desembargador atua na Justiça Eleitoral antes da implantação da urna eletrônica, por isso ele afirma ter profundo conhecimento de causa para falar dos avanços do novo sistema.

“Quem viveu o período anterior à urna eletrônica e o período posterior pode ser testemunha dessa transformação extraordinária, onde a gente pode realizar uma votação muito mais tranquila, com seu voto sendo contabilizado de forma imediata. Quando dá o horário final das eleições, cinco horas da tarde, essa urna já emite o boletim final com o resultado oficial à disposiçãpo de todos. Então, nós eliminamos aquele drama que era a apuração de mais de uma semana, com pessoas pegando em cédulas, pessoas que muitas vezes eram comprometidas com agremiações políticas, a questão do matismo que muitas vezes você dormia eleito e acordava sem estar eleito. Tudo isso acabou. Foi uma transformação que veio para dar esse compromisso da Justiça Eleitoral com a democracia, com uma eleição transparente, com o resultado exato proclamando-se os eleitos de acordo com a vontade popular”.

Leandro disse que a Justiça Eleitoral está fazendo todos os esforços possíveis para combater as fake news, mas ele também chama a atenção para outros ‘vícios’ que ainda acontecem no processo eleitoral, como por exemplo a compra de votos.

“A Justiça Eleitoral não tem essa intenção de ir à caça às bruxas. Nosso desejo é orientar, é mostrar ao eleitor e aos candidatos a importância de observar as regras. Os senhores e senhoras da imprensa são instrumentos maravilhosos para disceminar essa questão da necessidade de obediência ao ordenamento jurídico. Mas também nós precisamos ter preocupações sobre outros temas. As pessoas estão muito presas à questão da fake news, que é um mal, mas nós temos outros males que também devem ser observados. Por exemplo, o voto consciente, evitar a compra de votos, a questão da improbidade administrativa. Nós não temos mais que aceitar o eleitor trocando seu voto por um saco de cimento, por tijolo, por um emprego em determinado órgão público. Isso é inadmissível e não saiu do radar da Justiça Eleitoral”.

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