VÍDEO: Advogado de Cajazeiras critica cachês milionários com verba pública para contratação de artistas
Junho virou cenário propício para observar a prática após a pandemia, quando prefeituras não investiram em saúde, mas fecharam contratos artísticos milionários
O advogado João de Deus Quirino Filho, em participação no programa Diário News, da TV Diário do Sertão, nesta segunda-feira (06), comentou acerca da polêmica dos cachês milionários pagos com verba pública para contratação de artistas do forró e do sertanejo universitário, fato que chamou atenção do Ministério Público.
Dentro da cultura nordestina, o mês junino, onde há maior número de contratações, se tronou cenário propício para observar essas práticas após a pandemia, quando muitas prefeituras não investiram tanto na saúde, alegando calamidade, mas fecharam contratos milionários com artistas.
O mais recente episódio sobre esse assunto aconteceu neste último domingo (05), quando o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Eustáquio Soares Martins, por uma decisão monocrática, suspendeu a 16ª Festa da Banana, em Teolândia na Bahia.
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O evento pretendia começar com uma previsão orçamentária de mais de R$ 2 milhões de reais. Diante do que foi alegado pelo Ministério Público, havia desproporcionalidade entre o valor gasto com a festa e outras prioridades da cidade.
“Está se exigindo dos gestores que vão contratar artistas, especialmente artistas que têm cachês vultuosos como sertanejos, como os grandes cantores de forró, como tantas outras bandas, que se faça uma proporcionalidade entre a condição financeira do município e os serviços públicos que são necessários. Vale a pena, portanto, gastar R$ 2 milhões, R$ 3 milhões numa festa? R$ 800 mil reais em um único cantor e no dia seguinte, quando a festa acabar e quando o palco for desmontado, o esgoto continua correr a céu aberto, a escola continue a precisar de uma reforma, o posto de saúde não tenha condições de atender, porque tem lá uma goteira grande e tem lá uma situação causada pelas chuvas, que o médico, o odontólogo ou a enfermeira não tenha condições de trabalhar?”, indagou o advogado.
DIÁRIO DO SERTÃO
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