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VÍDEO: Ricardo alerta Lula sobre alianças com ‘centrão’ e critica Hugo Motta: “Combina uma coisa, faz outra”

O ex-governador da Paraíba e pré-candidato a deputado federal reconheceu a necessidade de firmar alianças com determinados setores, mas faz um alerta ao presidente a respeito da postura "fisiológica" dos partidos do 'centrão'

Por Luis Fernando Mifô

10/12/2025 às 17h45 • atualizado em 10/12/2025 às 19h24

O ex-governador da Paraíba e pré-candidato a deputado federal Ricardo Coutinho (PT) defendeu a permanência do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) na chapa de Lula (PT) em 2026, reconheceu a necessidade de firmar alianças com determinados setores para viabilizar pautas no Congresso, mas alertou o presidente a respeito da postura “fisiológica” dos partidos do ‘centrão’.

Em entrevista ao Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, Ricardo diz que combater o crescimento da extrema direita requer dos democratas responsabilidades “acima das suas vontades mais imediatas”.

“Eu quero transformações mais profundas. Mas eu também compreendo que nessa conjuntura onde a extrema direita governa a maior parte dos estados brasileiros, o presidente Lula não tinha o que fazer, ele tem que buscar sustentação em setores que, muitas e muitas vezes, não estão à altura desse momento histórico que o Brasil atravessa. E olha que o Brasil é o país do mundo que vem tratando melhor a defesa da democracia”, comentou o ex-governador.

Ricardo criticou a atuação do paraibano Hugo Motta (Republicanos) na presidência da Câmara. Na madrugada desta quarta, Motta pautou o PL da Dosimetria, que reduz drasticamente o tempo de prisão dos condenados pela tentativa de golpe de Estado e pelos atos do 8 de janeiro. O projeto foi aprovado e seguiu para o Senado.

Ricardo Coutinho no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão (Foto: Diário do Sertão)

“Essa necessidade de aliança é crucial. Só que uma grande parte dessa aliança que você se refere vem do centrão, e o centrão tem um aspecto fisiológico que é muito forte. Em tudo quer levar uma vantagem pessoal. Muitas vezes o interesse público não existe para eles, e chega no limite que não dá. Não dá para você aceitar, por exemplo, um presidente de uma Câmara, como Hugo Motta, colocar uma anistia para votar sem dialogar com os outros poderes, sem avisar”, disse.

“Ele combina uma coisa com a Gleisi [Hoffmann, ministra de Relações Institucionais] e faz outra. É terrível, é uma relação muito ruim. Eu acho que uma parcela da Câmara dos Deputados, uma parcela do Congresso não está se dando o devido respeito”, ressaltou.

Coutinho voltou a afirmar que, em função do contexto, algumas alianças são necessárias. Porém, ele defende que o governo “melhore as condições de bancada de apoio dentro do Congresso” para conseguir fazer avançar algumas reformas.

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