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Médico Oscar Sobral fala sobre os alimentos cancerígenos anunciados pela OMS; Veja o que não pode

O médico procurou tranquilizar a população afirmando que o relatório da OMS é baseado nos hábitos alimentares de países que consomem muito fest food

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30/10/2015 às 09h30

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta semana uma informação que deixou a sociedade preocupada. Produtos à base de carne processada, como salsicha, linguiça, carne de hambúrguer, presunto e bacon são cancerígenos. Segundo o relatório da OMS, esses alimentos aumentam o risco de câncer no intestino em humanos.

As carnes processadas foram colocadas na lista do grupo 1 de carcinogênicos – que já inclui tabaco, amianto e fumaça de diesel – para os quais já há “evidência suficiente” de ligação com o câncer. O relatório foi feito pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa do Câncer), órgão ligado à OMS.

A TV Diário do Sertão conversou com o médico Oscar Sobral (assista ao vídeo no final dessa matéria) para saber até que ponto a informação da OMS afeta os brasileiros.

De certa forma ele procurou tranquilizar a população afirmando que esse relatório tem como base o comportamento alimentar em países que consomem muito fest food. Como os hábitos alimentares dos brasileiros ainda são diferentes, o risco acaba sendo menor para nós. No entanto é preciso ficar atento.

“Isso está mais ligado a países que tem o hábito de comer essas comidas todo dia. Já aqui para nós no Brasil não é comum no café da manhã, por exemplo, a gente parar numa lanchonete e pedir um cheeseburger, um bacon. Esse estudo está baseado em países que tem o hábito de comer muito esse tipo de alimento”, frisou.

Um estudo de meta-análise — que avaliou diversos outros estudos– estima que cada porção diária de 50 gramas de carne processada aumente o risco de câncer colorretal em 18%. Esse tipo de câncer é hoje o segundo mais diagnosticado em mulheres e o terceiro em homens, e está matando 694 mil pessoas por ano (segundo dados de 2012 da OMS, os mais recentes).

Apesar de achar que o risco para os brasileiros é menor, Dr. Oscar alerta para os cuidados com esses alimentos. “No Brasil esse estudo causou um certo impacto porque tudo que se coloca na mídia causa impacto. As pessoas ficam tensas quando escutam esse tipo de coisa. Mas se nós fôssemos atrás aqui no Brasil, nós também temos coisas que precisam ser vigiadas. O estudo foi feito não para criar pânico, mas para alertar.”

DIÁRIO DO SERTÃO

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