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VÍDEO: Em Cajazeiras, autor de “Nordeste Independente” diz que nordestino é tratado ‘a nível de barata’

Poeta repentista Ivanildo Vila Nova se apresentou durante o III Encontro Nacional da Advocacia do Sertão

Por Jocivan Pinheiro

11/10/2019 às 17h54 • atualizado em 11/10/2019 às 17h58

O poeta repentista Ivanildo Vila Nova, co-autor da canção “Nordeste Independente”, que fez sucesso nas vozes de Elba e Zé Ramalho e virou uma espécie de “hino” dos que defendem a independência político-administrativa do Nordeste em relação ao restante do Brasil, se apresentou nesta quinta-feira (10) durante o III Encontro Nacional da Advocacia do Sertão, que está sendo realizado em Cajazeiras, para um público formado por diversos juristas do país, entre eles o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardoso.

Em entrevista à TV Diário do Sertão, o poeta falou sobre o período em que a canção, gravada pela primeira vez em 1979 por Elba Ramalho, ficou censurada pelo regime militar. Mas ao ser indagado sobre a possível independência do Nordeste, Ivanildo Vila Nova declarou que essa independência é apenas eleitoral, visto que a região Nordeste sempre teve tendências bem definidas de voto.

No entanto, segundo Vila Nova, embora atualmente o eleitorado nordestino pareça ser, na sua maioria, de esquerda, esse eleitorado é “conservador” e serve de “massa de manobra”, “mão de obra desqualificada” e “consumidor de produtos do Sudeste e Centro-Oeste”.

“Eu acho que independência existe no modo de ser tratado o Nordestino, que é tratado a nível de barata, como são os hispânicos nos Estados Unidos”, disse o poeta.

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Poeta repentista Ivanildo Vila Nova

“Já foi mais viável [a independência do Nordeste], mas hoje, depois que carregaram o algodão, o sisal, a cana de açúcar, a laranja, carregaram tudo que a gente tinha, desmontaram a malha ferroviária e politicamente há uma troca muito grande. Enquanto houver isso não vai haver essa independência. Teria sido possível até muito antes”, completa.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO

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