Reitor diz que IFPB não pode cumprir prazo dado por empresários no caso do terreno doado em Cajazeiras
Os empresários que doaram um terreno de 40 mil m² ao campi de Cajazeiras ameaçam tomar de volta caso o instituto não inicie até final de dezembro alguma obra
O campi do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) em Cajazeiras vive um clima de apreensão. Tudo começou após um grupo de empresários que doou um terreno de 40 mil m² ter ameaçado tomá-lo de volta caso o instituto não inicie até o final de dezembro alguma obra no local.
O terreno foi doado em 2014 para que o IFPB construísse um centro de tecnologia para cursos superiores. Porém, até o momento nada foi feito. Por isso, os empresários deram um ultimato ao reitor Cícero Nicácio e estipularam prazo para o último dia deste ano, 31 de dezembro. Se nada for feito, eles querem o terreno de volta.
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Nesta sexta-feira (26), Cícero Nicácio visitou a cidade de Cajazeiras e no auditório do IFPB respondeu a questionamentos da imprensa. Segundo ele, é impossível que até 31 de dezembro o IFPB possa fazer algum investimento no local.
“Quando nós tivemos a conversa com os empresários, deixamos claro que nós precisaríamos de um lapso temporal razoável. Eu sou gestor de um instituto que tem quase meio bilhão de reais em orçamento, e eu não serei irresponsável de fazer uma pactuação que não posso realizar. E quem é gestor público sabe muito bem do que é estabelecido na legislação”, justificou o reitor.
Nicácio explicou que atualmente o orçamento do campi de Cajazeiras é de R$ 150 mil. No entanto, segundo ele, só a delimitação do terreno custa R$ 300 mil.
“Eu compreendo a ansiedade dos empresários. Estamos para dialogar e fazermos investimento a médio prazo. Quando eu digo a médio prazo eu me refiro, no mínimo, ao ano que vem, para que a gente possa fazer pelo menos a delimitação do terro”, disse.
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Segundo o grupo de empresários, o deputado federal Luiz Couto (PT-PB) destinou recursos para o Instituto Federal da Paraíba que poderiam viabilizar a expansão do campi de Cajazeiras. Mas o reitor esclareceu que a emenda do deputado foi dividida com todos os IF do estado.
“Esses 700 mil nós fizemos o processo de distribuição de recursos para atender a cada unidade, para fazer a compra de equipamento, senão a instituição não sobrevive”, frisou Cícero Nicácio.
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