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VÍDEO: Presidente da Câmara de Cajazeiras obtém importante documento que proíbe tirar água de Boqueirão

Termo de Alocação de Águas da ANA garante que até julho de 2019 as águas do Açude de Boqueirão não podem ser retiradas para abastecer outros mananciais

Por Jocivan Pinheiro

20/07/2018 às 16h28 • atualizado em 20/07/2018 às 16h35

Na manhã desta sexta-feira (20), uma reunião no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cajazeiras, que contou com as participações de políticos, gestores públicos e grupos sociais, discutiu projetos para amenizar os impactos da seca nos principais açudes que abastecem a região.

De acordo com o superintendente de Planejamento dos Recursos Hídricos da Agência Nacional das Águas (ANA), Carlos Perdigão, o encontro faz parte das estratégias de implementação do plano das bacias dos rios Piancó, Piranhas e Açu. A ideia é antecipar ações para amenizar os impactos nesses sistemas hídricos.

“Nós acreditamos que nas futuras secas será uma estratégia de ação importante para aumentar a resiliência do sistema e minimizar os impactos das secas”, frisou Perdigão.

VEJA +: Marcos Barros bate de frente com deputado Marcondes Gadelha pelas águas de Boqueirão

Presidente da Câmara de Cajazeiras, vereador Marcos Barros, recebeu Termo de Alocação de Águas da ANA

Mas o ponto alto da reunião para os cajazeirenses foi a entrega do Termo de Alocação de Águas da ANA nas mãos do presidente da Câmara Municipal de Cajazeiras, vereador Marcos Barros. O termo garante que até julho de 2019 as águas do Açude de Boqueirão não podem ser retiradas para abastecer outros mananciais.

Marcos vem batendo de frente com o deputado federal Marcondes Gadelha, que está tentando conseguir uma autorização da ANA para retirar água de Boqueirão e abastecer o Açude de São Gonçalo, em Sousa, a fim de irrigar as plantações de coco do Distrito de São Gonçalo.

“Aqui nós não temos nada contra os irrigantes, mas infelizmente a água que nós temos reservada lá em Boqueirão é prioritária para o consumo humano e para os animais. Esse documento é oficial. Para desmanchar o que está aqui precisa novamente o Comitê se reunir extraordinariamente e deliberar do jeito que o deputado Marcondes Gadelha pretende. Mas isso não vai acontecer. E se chegar a acontecer essa reunião, nós vamos estar presentes com toda força para impedir que isso aconteça”, ressaltou Marcos Barros.

Carlos Perdigão, superintendente de Planejamento dos Recursos Hídricos da ANA

Carlos Perdigão também confirmou que o Termo de Alocação de Águas deve ser obedecido: “O que nos cabe e o que nós obedecemos é o Termo de Alocação negociada de água, e lá não existe nenhuma previsão sobre essa liberação”, disse.

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