VÍDEO: Emocionada, juíza se despede de Cajazeiras, faz desabafo e revela quais crimes mais lhe chocaram
Na cidade de Cajazeiras, a juíza Adriana Lins foi diretora do Fórum Ferreira Junior e titular da 2ª Vara Criminal, da Vara das Execuções Penais e da 42ª Zona Eleitoral
A juíza Adriana Lins se emocionou ao se despedir de Cajazeiras e relembrar alguns momentos marcantes dos seus quase cinco anos de atuação no pode judiciário local, onde foi diretora do Fórum Ferreira Junior e titular da 2ª Vara Criminal, da Vara das Execuções Penais e da 42ª Zona Eleitoral, além de ter se engajado em campanhas e eventos sociais. Recentemente ela se mudou para Cuité, onde vai trabalhar, mas antes prestou entrevista à TV Diário do Sertão.
“Já tive a oportunidade de dizer o quanto eu gosto dessa cidade, do movimento que ela tem, do fervor dos acontecimentos. Para mim foi uma experiência muito grande. Toda essa relação que a gente passa a ter com a sociedade é muito enriquecedora, então eu vou sentir muita saudade. Mas estou saindo com o coração muito cheio de satisfação de ter podido trabalhar aqui e ter tentado contribuir de alguma forma para a melhoria da cidade”, declarou.
Titular da Vara das Execuções Penais, Adriana Lins foi responsável por algumas sentenças de casos notórios na cidade. Essa experiência a fez perceber com mais clareza o quanto a esfera das execuções penais é negligenciada no País e precisa urgentemente de reformas físicas, administrativas e ideológicas.
“Eu lamento que a execução penal no Brasil não seja vista como uma coisa séria, como um instrumento importante. Os presídios são realmente depósitos de pessoas e não locais para tentar ressocializar”, frisou.
Além disso, a magistrada afirma que há uma tentativa de enfraquecer o poder judiciário brasileiro, o que, segundo ela, é um fato gravíssimo.
Experiências perturbadoras
Tanto na Vara das Execuções Penais quanto na 2ª Vara, a juíza se deparou com vários casos chocantes. Mas, para ela, a experiência mais perturbadora foi julgar crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
“Infelizmente eu tive essa experiência aqui com um número bem elevado, e esses são os que mais me perturbam, porque no momento em que conversamos com as vítimas e olhamos nos olhos delas, sempre muito envergonhadas como se elas tivessem sido as culpadas, é muito grave e de consequências permanentes para a vida dessas pessoas.”
Lágrimas nos olhos
Visivelmente emocionada, Adriana Lins deixa sua mensagem de despedida para os cajazeirenses: “É uma cidade muito acolhedora. Sempre fui muito bem acolhida e muito bem tratada por todo mundo. Eu estou muito feliz por ter vivido esses quase cinco anos aqui e saio com saudade, mas com muita alegria e satisfação.”
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