Rio Piranhas: distrito do Gravatá em alerta
A comunidade de Gravatá está sendo uma das mais prejudicadas com o aumento da abertura das comportas do Açude de Engenheiro Ávidos, de Boqueirão. A população se encontra em estado de calamidade total, tendo que fazer perigosas travessias para se deslocar nas ruas alagadas do distrito. Além disso, o aumento da abertura das comportas está […]
A comunidade de Gravatá está sendo uma das mais prejudicadas com o aumento da abertura das comportas do Açude de Engenheiro Ávidos, de Boqueirão. A população se encontra em estado de calamidade total, tendo que fazer perigosas travessias para se deslocar nas ruas alagadas do distrito. Além disso, o aumento da abertura das comportas está acarretando em grandes prejuízos econômicos para donos de plantações e criadores de animais na região.
A equipe do Diário do Sertão esteve na localidade e constatou a perca quase total de várias plantações de milho, feijão e legumes, bem como a destruição de granjas e criatórios de porcos, fonte de sobrevivência de várias famílias no local.
O depoimento do morador local Severino dos Santos ilustra bem a gravidade do problema. Ele afirma que a situação é cada vez mais caótica e se a água continuar a subir, pode até cobrir as casas dos ribeirinhos. “A situação aqui está caótica. As casas já foram inundadas; as pessoas que querem atravessar de um lado para outro têm que usar câmaras de ar ou canoas. As casas ainda não foram cobertas, mas já chegamos ao ponto das pessoas retirarem seus móveis. Já tem gente desabrigada aqui”.
O agricultor Cristiano Rodrigues, por sua vez, lamenta: “Eu tive um prejuízo de 5 a 6 mil reais num campo de Macaxeira que eu perdi, todo coberto d´ água, e tem um amigo meu que perdeu mais de 14 mil. Eu nem fiquei sabendo que iam abrir as comportas. Quando eu soube, a água já tinha coberto tudo”.
O vereador Nenezinho, da cidade de São João do Rio do Peixe, lamenta a situação que se encontra a população do distrito. Mas, admite que o aumento na abertura das comportas é necessária. “Realmente é uma grande perca para essa população, devido os plantios que têm nas margens do rio. Mas, nós temos que nos tranqüilizar e ao mesmo tempo nos conformar que isso é coisa dada por Deus, e se Boqueirão está necessitando esvaziar suas águas, nós temos que suportar esse prejuízo de lavoura, mas, ao mesmo tempo, recorrer às autoridades competentes, para que quem tem empréstimo em banco, seja abonado seus débitos”.
Da redação do Diário do Sertão
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