Edição corta cena mais dramática do BBB, diz Stycer
Por que a edição não mostrou a cena mais dramática do programa até agora?
Como se decide o que o público verá ou deixará de ver no programa exibido diariamente pela Globo? A edição é a essência do BBB. Ela organiza os fatos captados 24 horas por dia por dezenas de câmeras, explica os acontecimentos, dá sentido à confusão e cria um enredo, uma história, mesmo sem roteiro, ao sabor da sensibilidade de quem a dirige.
O que estamos vendo nesta décima-primeira edição? O que mais chama a atenção é a obsessão, até o momento não plenamente realizada, com a formação de casais. A transexual Ariadna tentou, mas não conseguiu beijar ninguém na casa. Paula se declarou “tri” no primeiro dia, agarrou Cristiano, depois Diana, mas ninguém quis ficar com ela.
Diogo e Michelly logo engataram um romance, tão tumultuado quanto rápido. Rodrigo e Talula embarcaram num namoro tão intenso que ninguém acreditou – nem eles. Mauricio e Maria, aparentemente, tinham alguma afinidade, mas o público mandou o rapaz embora logo no segundo paredão.
Rodrigão, que parece ter sido escolhido para protagonizar algo parecido, não fez absolutamente nada. Já levou bronca de Bial e é objeto quase diário de chacota do diretor Boninho no Twitter. Cristiano, idem. Alvo de todas as mulheres, não quis nenhuma.
Sem namoros e com problemas de audiência, a direção resolveu fazer uma intervenção pesada. Primeiro, inventou um paredão duplo, que expulsou Michelly e Rodrigo. Junto, providenciou a entrada de dois novos participantes, Wesley e Adriana, com perfil idêntico aos que já estão confinados. E, por fim, promoveu um confinamento paralelo dos cinco primeiros eliminados na chamada “casa de vidro”, que resultou na volta, este domingo, de Mauricio.
Neste confuso vai-vem, que deu uma animada no Ibope, armou-se uma situação capaz de produzir alguma diversão. Cinco minutos depois de entrar na casa, no domingo (30 de janeiro), Wesley já estava cercando Maria. Ao longo de 48 horas, insistiu tanto, mas tanto, que Bial chegou a implorar à atriz que quebrasse um galho para o rapaz . “Viva a vida, Maria!”, pediu o apresentador.
Já Adriana levou uma bronca por falar do namorado que mantém fora da casa e só ao final de uma semana topou ter alguns momentos mais íntimos com Rodrigão.
Diante da pressão de Wesley, Maria aceitou alguns carinhos, disse ter ficado encantada pelo rapaz, mas resistiu ao golpe final, aparentemente preocupada com a imagem que passaria se trocasse de namorado em menos de uma semana.
Enquanto isso, Mauricio entrava na “casa de vidro”, num shopping no Rio. O rapaz ficou ali quatro dias, recluso, junto com os outros quatro eliminados do jogo. Passaram a maior parte do tempo fazendo nada, além de sorrir para o público. De importante, registrou-se apenas o relato de Igor a Mauricio sobre o assédio que Maria estava sofrendo de Wesley.
Até que, na madrugada de sábado, quem assistia na TV paga ao “pay per view” ouviu Ariadna dizer a Mauricio que Maria era garota de programa. “Como assim? A Maria foi garota de programa?”, perguntou o rapaz, chocado. “Só você não sabe. Todo mundo sabe disso”, respondeu a transexual. Perplexo, Mauricio levou as mãos ao rosto e logo a conversa tomou outro rumo.
Não lembro, nestes 27 dias de programa, de nenhuma cena tão dramática (fora o coma alcoólico de Michelly, também não exibido, e a convulsão de Paula). Verdade ou não, o que Ariadna disse teve um impacto, uma carga de emoção, que diretor algum deixaria de mostrar em seu programa – ainda mais num que anda com poucas atrações.
Por que esta cena não foi exibida no programa de sábado nem no de domingo? Eis um mistério para o qual eu não tenho resposta, mas que sinaliza o poder da edição no BBB.
UOL
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