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Prefeitura ameaça tirar verbas do Carnaval se não houver punição

Após tumulto na apuração, Kassab ameaça tirar recursos do Carnaval caso não haja punição

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22/02/2012 às 16h46

  • Leticia Moreira/ Folhapress

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    O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, durante entrevista no Anhembi

Após o tumulto que interrompeu a apuração do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira (21), o prefeito Gilberto Kassab disse que, caso a Polícia Civil apure o envolvimento de dirigentes de escolas envolvidos na confusão, vai retirar recursos do evento se a Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) não puní-los.

Em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (22), no Anhembi, Kassab disse que está aguardando a investigação da polícia para saber até que ponto os dois rapazes presos na terça-feira têm algum envolvimento com as escolas. "Posso afirmar que, caso haja vinculação da escola com o incidente, é evidente que haverá punição. Se for um caso isolado, e não uma ação orquestrada, não. Mas vamos aguardar as investigações."

Kassab disse que se for provado envolvimento de algum dirigente de escola no caso cabe a punição por parte da Liga-SP e da prefeitura. "Os recursos públicos não podem ser repassados a uma entidade que comete ilegalidade", disse o prefeito, referindo-se aos recursos que a prefeitura dá para cada escola de samba.

Este ano, a Prefeitura de São Paulo investiu R$ 23 milhões no Carnaval. Outra condição imposta pelo prefeito Kassab para continuar a investir no evento é a segurança. A prefeitura ficará responsável tanto pelos desfiles quanto pela apuração. A medida passa a valer a partir do desfile das campeãs deste ano, marcado para esta sexta-feira (24).

Kassab admitiu que houve problemas no dia da apuração. "Quando há planejamento, não há falhas. Houve falha no planejamento do evento. Tanto no credenciamento quanto no isolamento da mesa." Para o prefeito, o local ideal para fazer a apuração ainda é o Anhembi. Porém, observou ele, é preciso restringir o credenciamento para evitar problemas.

A segurança interna do Carnaval era feita pela Liga das Escolas de Samba de São Paulo. De acordo com o prefeito, um novo contrato deve ser assinado "o mais rápido possível". "A questão da segurança será rediscutida contratualmente. Seja na apuração ou no dia do evento", disse Kassab.

Questionado sobre um possível "acordo" entre dirigentes das escolas e a Liga para que nenhuma agremiação fosse rebaixada este ano, como foi alegado por um dos suspeitos presos pela polícia após o tumulto, Kassab disse não acreditar no envolvimento da entidade.

Confusão e briga interrompem apuração das escolas de São Paulo

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Integrantes da Camisa Verde e Branco rasgam o restante dos papeis com os votos dos jurados, durante tumulto que interrompeu a apuração da escolas de São Paulo. Eduardo Anizelli/Folhapress
 

Investigações em curso

O delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, da Polícia Civil, disse que pelo menos oito pessoas estão sendo investigadas sob suspeita de envolvimento no tumulto durante a apuração do Carnaval de São Paulo.

A Polícia Civil abordou alguns fotógrafos de jornais durante a entrevista desta quarta-feira no Anhembi. E pediu que cedessem algumas fotos feitas durante a confusão para tentar identificar os responsáveis.

Tiago Ciro Tadeu Faria e Cauê Santos Pereira já estão presos por dano ao patrimônio público. Segundo a polícia, Tiago Faria é dirigente da Império da Casa Verde. A escola nega, mas ele estava credenciado pela escola para assistir a apuração.

UOL

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