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Jovens brasileiros correm risco de ter doenças cardíacas mais cedo que seus pais. Saiba o porquê!

Segundo revelou uma pesquisa, isso é consequência de hábitos alimentares e de sedentarismo.

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05/06/2012 às 21h32

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Uma pesquisa importante na área médica acendeu uma luz amarela para uma geração inteira de brasileiros. Os pesquisadores concluíram que os mais jovens correm um risco enorme de desenvolver doenças do coração mais precocemente.

Eles são ligados e estressados demais. “Acorda cedo, aí vêm cobranças de um lado, da escola, e cobranças em casa. Muita coisa, acabo ficando muito estressada com tudo”, conta Lizandra, de 17 anos.

Preferem o sofá ao movimento. “Eu tenho preguiça”, admite André, de 11 anos. Juliana, de 12 anos, também diz que tem preguiça de ginástica.

E quando o assunto é alimentação então… “Já estou acostumada a comer besteira. Como muita besteira mesmo”, reforça Isabele, de 17 anos.

“Cachorro quente, lanche, refrigerante, doce. Como tudo isso”, reforça André, de 11 anos.

Gabriela, de 17 anos, acrescenta: Meu pai gosta muito de tomar refrigerante. Aprendi com ele, desde pequena.”

Os maus hábitos das crianças e dos adolescentes de hoje têm impacto negativo no organismo deles agora e, pior, essa geração corre o risco de ter infartos e derrames mais cedo, uma senhora desvantagem em relação aos mais velhos. Tudo isso foi constatado em um estudo que está assustando os médicos.

“Nós estamos com uma projeção de um futuro alarmante para a ocorrência de doença cardiovascular”, alerta o cardiologista Alvaro Avezum.

Ao todo, 4,7 mil estudantes de 7 a 18 anos fizeram parte da pesquisa da Sociedade de Cardiologia de São Paulo. Quase 32% estavam com sobrepeso ou já obesos. Entre os mais gordinhos, metade tinha pressão elevada. O LDL, conhecido como mau colesterol, estava alto em quase 15% dos estudantes. Também, pudera: mais de 37% das crianças e jovens não comem peixe, que é tão saudável. Em compensação, quase 27% tomam refrigerante todos os dias e mais de 26% comem doces diariamente. Comportamentos que são uma bomba relógio armada para explodir antes dos 50 anos, se não fizermos nada.

“Nós sabemos que criança aprende com o olhar, não é com o ouvido. Talvez o fator de risco exista dentro da casa. A casa tem que ter o hábito de fazer atividade física, a casa tem que ter o hábito saudável na alimentação. Aí a criança incorpora isso”, avisa o cardiologista.

Quando Isabele ficou sabendo dos perigos, ela se assustou. Mas não deu para sentir firmeza na promessa, que veio rápido demais: “Tá bom, amanhã eu trago comida normal, tá?”.

Os pesquisadores lembram que mudanças de hábitos exigem muita força de vontade dos jovens e vigilância permanente dos pais, dos professores e também dos médicos.

G1

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