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VÍDEO: Engenheiro diz que Nordeste não está isento de incêndios que têm afetado interior de SP

O profissional explicou que devido ao período seco do ano, além das práticas criminosas, há vários outros pontos que devem ser levados em consideração como possíveis causas das queimadas

Por Luiz Adriano

27/08/2024 às 18h23 • atualizado em 27/08/2024 às 19h11

No quadro Diário de Obras do programa Olho Vivo, o engenheiro Fernando Figueiredo comentou sobre os incêndios registrados no último fim de semana em várias cidades do interior de São Paulo e em municípios do Centro-Oeste.

Fernando comentou que além dos casos comprovados onde houve intenção criminosa, pode também haver possibilidades de acidentes. Como explicação, o profissional relata que neste período do ano é o tempo em que os agricultores preparam as terras para que em janeiro estejam prontas para a plantação.

O preparar as terras, conforme Fernando Figueiredo, é o que os agricultores do Nordeste chamam de “broca”, ou seja, é queimar a vegetação para deixar o roçado pronto para os processos vindouros das plantações.

Além do ato criminoso, ele explica que há os casos acidentais dos próprios agricultores no manejo do trabalho, e até mesmo uma fagulha de um cigarro pode gerar grandes queimadas.

“Essa é uma prática recorrente, isso é uma cultura que nós temos em quase todo o Brasil e é uma cultura que realmente é nociva ao ambiente, às cidades, enfim, é nociva para todo mundo”, pontua.

NECESSIDADE DE MÁQUINAS

Ele explicou que a maior dificuldade do homem do campo é em tirar o mato de dentro da roça, e por isso que culturalmente é queimado, para tanto seria necessário a intervenção do poder público liberando tratores e outras máquinas que pudessem fazer este serviço. “Tem que fazer alternativas. Tirar a vegetação, essa é a dificuldade”, disse.

Incêndios no interior de São Paulo – Foto: print de vídeo/redes sociais

ZONA URBANA

Fernando lembrou que como consequência do tocar fogo, acaba acontecendo os acidentes devido ao tempo seco. O fogo acaba se alastrando e muitas vezes os incêndios chegam atingir a zona urbana.

“A maioria dos incêndios é no campo, é nos roçados, só que isso fica em torno dos centros urbanos, então as cidades estão cada vez mais próximas dos locais de produção, e ai quando acontece um incêndio desse pelos inúmeros motivos, esses incêndios podem atingir as residências e as cidades”, frisou.

NORDESTE TAMBÉM CORRE PERIGO

O engenheiro lembrou que a região Nordeste também corre os mesmos riscos que os estados onde estão acontecendo os incêndios. “A notícia ainda está falando de São Paulo, Mato Grosso, mas não tem proteção nenhuma para não chegar aqui na gente, não chegar na região Nordeste, inclusive nossa região está tendo uma estiagem e nossa mata, nossa fauna está seca, então é muito fácil de ter incêndio aqui e afetar todo mundo. Então é uma noticia que está lá em São Paulo, mas faz parte do nosso cotidiano”, destacou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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