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VÍDEO: Médico diz que sociedade precisa cobrar dos governantes, resolução do avanço da dengue no Brasil

Para o profissional de saúde, tem havido uma certa omissão das autoridades para com o combate à doença. Ele explica que não se trata de uma surpresa, isto é, de uma enfermidade que surgiu agora. "Não é uma doença que pegou os governantes despreparados"

Por Luiz Adriano

28/06/2024 às 19h36 • atualizado em 28/06/2024 às 19h37

O médico anestesista Saulo Viana foi entrevistado nesta sexta-feira (28) no programa Olho Vivo da TV e Rede Diário do Sertão, e falou sobre os casos de dengue registrados no Brasil.

Para o profissional de saúde, tem havido uma certa omissão das autoridades para com o combate à doença. Ele explica que não se trata de uma surpresa, isto é, de uma enfermidade que surgiu agora.

“Eu tenho visto com muita tristeza, porque a dengue é uma doença antiga, ela não é uma doença nova, ela não é uma doença que pegou os governantes despreparados”, ressaltou.

Dr. Saulo disse que não entende como a dengue teve um avanço tão amplo em 2024, sendo que se trata de uma doença já conhecida e que a população pode se prevenir.

“É uma doença que tem como se prevenir dela e eu não sei realmente porque aconteceu isso, 3 milhões de casos de dengue com óbitos, com uma doença que já se sabe a história natural dessa doença, já se sabe como atacar”, pontuou.

PAPEL DA SOCIEDADE

O anestesista falou sobre a vacina e relatou que a sociedade precisa cobrar melhorias dos governantes no combate à dengue para que a situação seja controlada.

“Então a gente pode cobrar que isso seja feito, difundido, que se aumente a pulverização, que se aumente a compra de vacina”, destacou.

Além de cobrar das autoridades, Saulo Viana lembra que a população precisa também fazer sua parte evitando águas paradas. “A própria sociedade pode também se ajudar nesse sentido”.

“Nós não podemos ter um governo, seja ele municipal, seja ele estadual, seja ele federal e não cobrar o governo, isso não significa descaracterizar o governo […]. Independentemente de quem esteja lá, a gente tem que cobrar e esse é nosso papel como cidadão e isso é democracia”, frisou.

DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde contabiliza 5.968.224 casos prováveis de dengue e 3.910 mortes confirmadas pela doença ao longo de 2024. Há, ainda, 2.970 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 2.939 casos para cada 100 mil habitantes.

Jovens com idade entre 20 e 29 anos seguem respondendo pela maior parte dos casos de dengue. Em seguida estão as faixas etárias de 30 a 39 anos; de 40 a 49 anos; e de 50 a 59 anos. Já as faixas etárias que respondem pelos menores percentuais de casos da doença são menores de um ano; 80 anos ou mais; e de um a quatro anos.

Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking – 1.813.282 casos – seguido por Minas Gerais – 1.607.043 vítimas e pelo Paraná, com 614.713 casos. Quando se leva em consideração o coeficiente de incidência, o Distrito Federal responde pelo maior índice, 9.547 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (7.824) e Paraná (5.371).

(Dados em destaque – Fonte: Agência Brasil – notícia do dia 18 de junho de 2024).

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