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Lula amplia diálogo com senadores do PMDB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu intensificar o diálogo com senadores em busca de votos para a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) depois de ouvir reclamações em série de aliados sobre as dificuldades para o diálogo direto com o petista. A Folha Online apurou que o principal foco de irritação […]

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27/11/2007 às 01h24

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu intensificar o diálogo com senadores em busca de votos para a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) depois de ouvir reclamações em série de aliados sobre as dificuldades para o diálogo direto com o petista. A Folha Online apurou que o principal foco de irritação está no PMDB partido com a maior bancada do Senado e considerado como fundamental para que a prorrogação da contribuição seja aprovada.

O líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), admitiu que o presidente terá que fazer um corpo-a-corpo para garantir a aprovação da CPMF. "É importante o presidente da República conversar com alguns senadores. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fazia muito isso", afirmou.

Questionado se o presidente Lula tinha como hábito manter conversas com os parlamentares, Raupp respondeu que não. O líder chegou a citar o exemplo do senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) um dos peemedebistas contrários à prorrogação da CPMF que tentou por mais de seis meses marcar uma audiência com o presidente Lula sem sucesso.

Outros peemedebistas ouvidos pela Folha Online também reclamaram do fato de Lula não ter reunido a bancada do Senado, até hoje, para um prometido jantar. Desde a rebelião dos chamados "franciscanos" do partido contra o governo, Lula havia se comprometido em reunir a bancada para aproximar-se dos senadores, o que até hoje não ocorreu.

A oposição também acusa o governo da falta de diálogo. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) não procurou os tucanos nenhuma vez para negociar matérias de interesse do próprio Executivo prática que Virgílio defende que seja comum para o articulador político do governo.

Reforma tributária
A bancada do PMDB também ficou irritada com o recuo do presidente Lula na promessa de enviar uma proposta de reforma tributária ao Congresso até o dia 30 de novembro. O senador Valter Pereira (PMDB-MS), que já cogitava votar pela prorrogação da contribuição, disse que agora está em dúvidas porque o governo não manteve a palavra firmada com o partido.

"O governo recuou, eu também recuei. Vou sustentar que o partido não pode acompanhar o governo com o acordo descumprido. Um projeto de reforma tributária vai para a Câmara, portanto não existe isso de que poderia tumultuar a discussão da CPMF", afirmou Pereira.

O peemedebista disse que, durante reunião da coordenação política do governo na semana passada, deixou clara a sua insatisfação sobre o recuo na reforma tributária. O senador ficou irritado ao saber que a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), havia afirmado que ele não se manifestou sobre o assunto durante a reunião com o presidente Lula.

"Eu coloquei isso explicitamente no momento em que o presidente Lula estava falando. Talvez a senadora não tenha me visto nem me ouvido", ironizou. 

Fonte: UOL

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