VÍDEO: Direção da UFCG Cajazeiras começa a tomar providências contra quem abandona animais na instituição
O Centro de Formação de Professores tem passado por transtornos com o aumento do número de animais abandonados na instituição, ocasionando muitos ataques de cães e gatos a estudantes e funcionários
O campus da UFCG em Cajazeiras vivencia um aumento preocupante da quantidade de animais que estão sendo abandonados no entorno da área, ocasionando muitos ataques de cães e gatos a estudantes e funcionários.
De acordo com a direção do campus, a ouvidoria foi acionada após pessoas serem atacadas pelos animais e precisarem de atendimento médico no hospital.
Existem animais que vivem no campus há muitos anos, sob os cuidados de professores e alunos que investem tempo, amor e recursos financeiros próprios para cuidar dos bichos, mas isso não está sendo suficiente.
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Nossa reportagem conversou com o veterinário Clécio Limeira, presidente da Comissão Local de Gestão de Animais, que alertou sobre as causas e consequências, inclusive criminais, do abandono de animais em áreas públicas e privadas.
“Na verdade, o problema do campus da UFCG é um reflexo, também, de um problema mais complexo que envolve o próprio município, o estado de forma geral. Então, as pessoas começam a abandonar os animais e por a UFCG está inserida aqui no nosso município, eles acham que trazendo os animais para cá a instituição vai cuidar desses animais, o que não é, de certa forma, verdade. A gente tem cuidadores voluntários que realmente ajudam esses animais, só que a própria instituição não tem condições, nem estrutura física própria para manter esses animais aqui”, disse.
As pessoas que estão no campus estão expostas aos riscos de ataques e também de problemas de saúde.
“É um risco para as pessoas, não só os próprios incidentes, como mordidas que precisam levar até os órgãos de saúde para fazer o protocolo antirrábico, tratar ferimentos, e o risco de zoonose também”, alertou Clécio.
A diretora do campus, Kennya Abrantes, disse que a UFCG está preocupada com o aumento da população de animais abandonados e pediu a conscientização das pessoas para que não cometam mais esse crime.
“Na verdade, é um problema antigo, complexo, sensível e que nos últimos dias, realmente, nós estamos percebendo o aumento do número desses animais, na verdade desde a pandemia. Passamos um tempo sem atividades presenciais. Esse ano tivemos greve de docentes, de servidores técnicos e infelizmente a população se aproveita desses esvaziamentos que por vezes acontecem para abandonar animais, sejam cachorros, gatos, mas principalmente cachorros”, ressaltou a diretora.
“Nós não temos condições de cuidar desses animais. Os animais aqui são cuidados por voluntários, pessoas que de forma abnegada, muitas vezes tiram do seu próprio bolso para cuidar dos animais, mas nós não temos condições de cuidar desses animais. Infelizmente a população, de forma equivocada, vem cada dia mais abandonando animais aqui no nosso Centro e colocando em risco a comunidade acadêmica do DFP”, completou.
O campus possui amplo monitoramento de câmeras, mas a UFCG pede que quem flagrar pessoas abandonando animais, que acione a ouvidoria para que as entidades de segurança possam adotar as medidas previstas em lei.
“Semana passa estive no Ministério Público Federal, na cidade de Sousa, para buscar apoio do Ministério Público, buscar orientação de como proceder nesses casos e fui orientada, assim eu fiz, realizei uma representação semana passada, estou aguardando, porque na ocasião dessa representação eu também solicitei uma reunião com o procurador federal. Estou aguardando o chamado para essa reunião, para que eu consiga, junto com a comissão local de animais, ganhar forças na tentativa de resolver essa problemática aqui no nosso campus”, pontou Kennya Abrantes.
DIÁRIO DO SERTÃO
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