VÍDEO: Jacarés de São Gonçalo não atacam pessoas, mas podem causar desequilíbrio ambiental, diz veterinário
O veterinário Higor Gabriel falou com a TV Diário do Sertão sobre os cuidados que se deve tomar com esse animal, cujas as aparições estão cada vez mais comuns em açudes do Sertão paraibano
Na última segunda-feira, pescadores do Açude de São Gonçalo, no município de Sousa, Sertão da Paraíba, encontraram cerca de 18 ovos de jacaré às margens do manancial. Nos últimos meses, pelo menos dois animais da espécie jacaré de papo amarelo foram encontrados no local.
O veterinário Higor Gabriel falou com a TV Diário do Sertão sobre os cuidados que se deve tomar com esse animal, cujas as aparições estão cada vez mais comuns em açudes do Sertão paraibano.
O especialista explica que o jacaré de papo amarelo não costuma atacar o ser humano, a não ser quando ele está sendo ameaçado ou agredido. Para Higor, a principal preocupação é com ao desequilíbrio ambiental que ele pode provocar se alimentando de outras espécies nativas.
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“A nossa maior preocupação deve ser em relação ao desequilíbrio que esse animal pode causar no nosso ambiente, interferindo na cadeia alimentar e causando problemas como o desaparecimento de algumas espécies e eventuais perdas econômicas, já que a gente também vive um pouco da piscicultura”, diz o veterinário.
Higor Gabriel explica que esse réptil crocodiliano, típico da América do Sul, pode chegar a 3 metros de comprimento, se reproduz facilmente (fêmea pode botar até 30 ovos), se adpata a diversos ambientes com água (limpa ou suja) e vivem por muitos anos.
“São animais que vivem muito, se reproduzem muito e, ao longo do tempo, a tendência é que a população cresça cada vez mais. Então, por isso, a gente não pode descartar que haja uma interferência na piscicultura.”
No entanto, o veterinário ressalta que o jacaré do papo amarelo não é ameaça ao ser humano. “Os acidentes, na maioria das vezes, acontecem quando eles são surpreendidos pelo ser humano, que tenta capturar, que tenta pegar, que tenta matar. Então, claro que eles irão revidar. Mas não são animais agressivos diretamente ao ser humano”, acrescentas Higor.
O vereterinário também explica que ao se deparar com esse tipo de animal fora do habitat dele, não se deve agredi-lo ou matá-lo, mas sim chamar a polícia ambiental, os bombeiros ou o Ibama.
“O animal não tem culpa de estar ali. Nós, os seres humanos, é que acabamos destruindo nosso próprio habitat e trazendo ele, seja por ter sido solto, seja por ter vindo na transposição, que é outra hipótese que está sendo levantada, então ele não tem culpa de estar ali.”
DIÁRIO DO SERTÃO
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