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Janete nega sequestro de namorada do promotor, mas admite exames de corpo delito

A Procuradora Geral de Justiça do Estado, Janete Ismael, negou na manhã deste sábado (11) que o Ministério Público Estadual (MPE) tenha sequestrado a namorada do promotor Carlos Guilherme, como foi denunciado na noite de ontem pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba, (OAB-PB), José Mário Porto. No entanto, a procuradora admitiu, […]

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11/07/2009 às 07h12

A Procuradora Geral de Justiça do Estado, Janete Ismael, negou na manhã deste sábado (11) que o Ministério Público Estadual (MPE) tenha sequestrado a namorada do promotor Carlos Guilherme, como foi denunciado na noite de ontem pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba, (OAB-PB), José Mário Porto.

No entanto, a procuradora admitiu, que o MPE “pegou” mesmo a moça em frente a um shopping da capital e a levou para fazer exame de corpo delito no Departamento de Medicina Legal (DML).

“A moça nem foi seqüestrada, nem cometemos nenhuma arbitrariedade. O que o MPE fez, a pedido da sua família, que denunciou que ela estava sendo maltratada, que chegava em casa com o corpo todo cheio de pancadas, foi levá-la para fazer exame de corpo delito”, afirmou.

“Ela foi levada por policiais femininas do MP e depois de realizar os exames foi deixada na casa dos familiares do promotor”, acrescentou.

No final da tarde desta sexta-feira (10), o promotor de Justiça Carlos Guilherme Santos Machado foi preso, em sua residência, em João Pessoa, e levado para o Centro de Ensino da Polícia Militar, em Mangabeira. O promotor é acusado de ter invadido a casa da namorada e atirar contra o seu cunhado, o pedreiro Patrício da Silva, no dia 14 de junho, no município de Cajazeiras, sertão da Paraíba.

A prisão preventiva de Carlos Guilherme foi solicitada pelo MP porque ele se negou a atender a alguns chamamentos da Comissão Especial, criada por deliberação do Conselho Superior do Ministério Público no dia 15 de junho. Além de não prestar os esclarecimentos solicitados pela Comissão Especial, Carlos Guilherme é acusado de atrapalhar as investigações, ao inibir testemunhas.

Já na noite de ontem, Mario Porto acusou o MPE de ter sequestrado a moça para coagi-la, sem a presença de advogados.

“Não podemos acreditar que uma operação ilegal como esta tenha partido de uma instituição seria, com profissionais abnegados e que tem como preceito constitucional de defender os direitos humanos. É inadmissível que esta jovem tenha sido levada para ser coagida sem a presença de uma familiar e de advogado”, destacou Porto.

Mas, Janete Ismael rebateu as declarações de Porto ratificando que tudo foi feito com base em denúncias da família da moça e na Lei orgânica do MPE, que diz que o principal objetivo da instituição é defender a sociedade e salvaguardar a vida do cidadão.

“Foi à própria familiar que pediu, denunciando que ela estava sendo maltratada e coagida. Diante do pedido levamos a moça para fazer os exames para preservar a sua própria vida”, ratificou a procuradora.

Janete explicou também que a moça seria levada para o DML no momento da prisão preventiva de Carlos Guilherme, mas como não se encontrava em casa na ocasião as policias do MP resolveram esperá-la na saída do shopping.

“Tudo que estamos fazendo é sob a proteção da Lei, contra um membro de nossa instituição, pois se não fizéssemos a sociedade iria dizer depois que só agirmos contra o cidadão comum, com que não tem dinheiro”, sustentou.

Fonte: WSCOM

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