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Hackers teriam usado gaúchos para fazer empréstimo em nome de Lula

Segundo o inquérito, fraudadores da previdência manipularam os dados do benefício recebido pelo presidente por ter sido perseguido durante a ditatura militar.

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21/12/2010 às 18h32

Dois moradores de Uruguaiana são investigados por serem beneficiários de empréstimos feitos em nome do presidente Lula. Uma investigação iniciada em 2007 pela Polícia Federal foi remetida na semana passada à Justiça do RS.

Segundo o inquérito, fraudadores da previdência manipularam os dados do benefício recebido pelo presidente por ter sido perseguido durante a ditatura militar e direcionaram cerca de R$ 5 mil para duas pessoas do município gaúcho.

Entenda o caso
O Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul solicitou investigação sobre um golpe sofrido pelo presidente Lula.
Segundo o promotor Rodrigo de Oliveira Vieira, em 2007, foram feitos dois empréstimos consignados que somavam cerca de R$ 5 mil e foram descontados de um benefício que o presidente recebe, por ter sido perseguido durante o regime militar. Lula já teria sido ressarcido, mas o banco, não.

Vieira disse ao G1 que a Polícia Federal acompanhou o caso. Os policiais reuniram indícios que apontam que o empréstimo foi feito em Uruguaiana (RS) e há dois nomes de suspeitos.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público gaúcho. O promotor enviou ao fórum o pedido de mais investigações. A Polícia Civil da cidade deve dar continuidade às apurações.

"Temos nomes, mas não sabemos se são reais. Já vi usarem nomes de laranjas, de velhinhos que nem sabem que estão envolvidos nesse tipo de golpe. Vamos tentar chegar aos autores do empréstimo", disse o promotor.

A Polícia Federal, em Brasília, confirmou as investigações.

Mudança de competência
Segundo o Ministério Público gaúcho, o caso era acompanhado pelo Ministério Público Federal, mas, como o crime foi cometido contra pessoa física, a competência passou a ser da Justiça Estadual.

Lula recebe pensão mensal concedida pelo Ministério do Trabalho, desde março de 2007. Na ocasião em que ganhou a ação, o presidente recebeu pouco mais de R$ 56 mil em benefícios atrasados. Ele ficou 31 dias preso no extinto Departamento de

Ordem Política e Social (Deops) por ter comandado uma paralisação, na época do regime militar.

Do G1

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