VÍDEO: Mais de 70 agricultores são enganados na compra de terra em sítio de Cajazeiras, alerta advogados
Segundo os advogados, 438 tarefas de terra no sítio Gadelha foram vendidas em um Leilão Judicial. Porém, diversos agricultores já haviam comprado pedaços dessa mesma terra ao longo dos anos e construíram residências
Os advogados Claudenilo Pereira e Edson Farias estiveram no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, para falar do caso recente em que mais de 70 agricultores foram enganados na compra de terra na zona rural de Cajazeiras. Os dois alertaram para que os cidadãos fiquem atentos porque o número de pessoas lesadas pode ser maior.
Segundo os juristas, são 438 tarefas de terra no sítio Gadelha que, nesta terça-feira (12), foram vendidas em um Leião Judicial por R$ 308,5 mil. O problema é que diversos agricultores compraram pedaços dessa mesma terra ao longo dos anos e construíram residências, trabalham com agricultura de subsistência sem saber que o terreno estava em processo judicial.
“Nós fomos pegos de surpresa na manhã de hoje por algumas pessoas que adquiriram em 2021 alguns lotes de terrenos e tarefas de terra no sítio Gadelha, aqui em Cajazeiras. Porém, se arrasta desde 2003 um processo judicial que culminou, ontem, dia 12, com uma hasta pública, o chamado Leilão Judicial”, informou Edson Farias.
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“Essas terras estão, desde 2003, sendo objeto de vínculo através de empréstimos do banco Bradesco e também com a Receita Federal, ou seja, já estavam, previamente, alienadas. E essa pessoa que fez a venda não podia ter feito, agiu, portanto, de má fé”, completou o advogado.
Claudenilo Pereira afirmou que a pessoa que vendeu a terra para os agricultores irá responder criminalmente pela ação. “A pessoa que incorreu nesse erro de vender aquilo, que pela Justiça tinha recebido a responsabilidade de cuidar, por enquanto não tinha o final dessa ação, ela incorreu numa medida criminal em que as pessoas que foram lesadas, responsabilizaram criminalmente essa pessoa”, disse Claudenilo.
Ele ressalta que muitas das pessoas que adquiriam partes da terra investiram tudo que tinham no espaço e que estão sendo prejudicadas pelo leilão. O advogado alerta ainda para que as pessoas que adquiriram terras na região do sítio Gadelha procurem o Sindicato dos Trabalhadores Rurais para tomar as medidas cabíveis.
“As pessoas que ainda não procuraram, para ingressar com as ações, procure o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cajazeiras. Será o ponto de referência, é o local onde realmente está representando todos os agricultores daquela área, para que não fiquem no prejuízo”, pontuou.
DIÁRIO DO SERTÃO
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