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VÍDEO: Engenheiro detalha projeto que possibilita rios perenes em mais de 50 comunidades no Alto Sertão da PB

O profissional destacou que o prazo para a conclusão do projeto seria de cerca de dois anos, porque só haveria construção de um canal no Açude Bartolomeu e em seguida a água já aproveita o leito natural dos rios. "É um projeto incrível"

Por Luiz Adriano

20/11/2024 às 17h35

Durante a coluna Diário do Obras, no programa Olho Vivo da TV e Rede Diário do Sertão, nessa terça-feira (19), o engenheiro Fernando Figueiredo falou a respeito do Projeto de Sustentabilidade Rural, elaborado com base em estudos técnicos e inspirado em referências nacionais, como o modelo agrícola de Petrolina, município pernambucano.

Apresentado pelo deputado Júnior Araújo, o projeto visa promover o uso sustentável dos recursos hídricos e beneficiar mais de 50 comunidades ao longo de um percurso de 60 km. O plano prevê etapas de revitalização e acesso à água para fomentar o crescimento econômico e social da região.

Fernando Figueiredo detalhou passo a passo do projeto. Ele disse que sendo executado, haveria melhoras não só na zona rural, mas na cidade inteira, porque iria aumentar a produção agrícola, a distribuição de renda, turismo, entre outros. “Realmente é um projeto que vai mudar a perspectiva totalmente de Cajazeiras. Depois de implementado, muda o contexto histórico todinho de nossa cidade”, destacou.

Ele explicou que se trata de um projeto de sustentabilidade rural que se inicia no Açude Bartolomeu, que fica entre Cajazeiras e São José de Piranhas, vizinho ao Canal da Transposição do Rio São Francisco. Fernando explica que no referido manancial, teria que ser construído um pequeno canal de cerca de 3 quilômetros, e a partir de então, a água seguiria o leito natural dos rios. Veja abaixo como seria a direção das águas, conforme o engenheiro.

– Início com um canal da transposição para o Açude Bartolomeu, o qual ficaria perene;
– A água desce pelo Rio Patamuté, na zona rural de Cajazeiras e desemboca para o Açude de Santo Antonio que fica na entrada do distrito de Boqueirão, vizinho a outro açude que já tem um canal interligando os dois;
– Daí, há uma interação com três rios. “Mais três rios se integram fazendo um só”, disse. Os mananciais, segundo ele, são: o rio Santo Antonio, rio do Açude Grande e o rio que sai do açude de Divinópolis. “Então essas três bacias se interceptam. Isso já lá no distrito de Umari, de São João do Rio do Peixe. Depois de Umari, já chegando em Sousa, ele interliga o Rio do Peixe”;
– O Rio do Peixe em Aparecida interliga o Rio Piranhas, e em Pombal o Rio Piranhas se conecta com o Rio Piancó. De lá, segue para o Rio Grande do Norte que “vira o Piranhas-Açu”.

“Veja só a cadeia que é interligada com esses rios, então você soma isso com os açudes que nós temos aqui da serragem […]. Tem o açude de São Gonçalo que também é o Rio Piranhas e tem o açude de Boqueirão que é o Engenheiro Avidos que também é de Piranhas, então você criaria uma rede de rios perenes. Isso é uma coisa inimaginável”, destacou o profissional.

Ele enfatizou que o projeto é de um custo baixo e ressaltou o tamanho da importância. “Uma implementação dessa, você vai tornar um rio que só enche no tempo chuvoso em um rio perene”.

Projeto de Sustentabilidade Rural que promete revitalizar a zona rural de Cajazeiras e impulsionar economia local. Foto: Divulgação

“Mais importante ou com a mesma importância da transposição é a revitalização do rio. Então, obviamente, precisaria de um projeto para manejo das águas, até porque a gente precisa de uma conscientização, de uma educação ambiental para usar essas águas da melhor forma possível”, pontuou.

Fernando lembrou também que o prazo para a conclusão do projeto seria de cerca de dois anos porque só haveria construção de um canal no Açude Bartolomeu e em seguida a água já aproveita o leito natural dos rios. “É um projeto incrível”, frisou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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