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VÍDEO: Sociedade Paraibana de Pediatria diz que síndromes gripais em crianças é “emergência de saúde pública”

Socorro Martins, presidente da Sociedade Paraibana de Pediatria, explica que a situação é algo nunca visto antes e que são um grupo de vírus de alta transmissibilidade que se apresenta de forma agressiva

Por Priscila Tavares

10/05/2023 às 19h57

O número de crianças que estão sendo acometidas pelas síndromes gripais preocupa a Sociedade Paraibana de Pediatria que configura como “emergência de saúde pública infantil”.

Socorro Martins é presidente da Sociedade Paraibana de Pediatria e explica que a situação é algo nunca visto antes e que são um grupo de vírus de alta transmissibilidade que se apresenta de forma agressiva.

“É um cenário epidemiológico que não tínhamos visto antes. Com a circulação de um grupo de vírus causando doenças respiratórias nas crianças e com o comportamento diferente dos outros anos. Eles começaram a circular antes da sua sazonalidade, então desde março começamos a observar o acometimento de nossas crianças com doença respiratória por vírus, com uma transmissibilidade muito grande associada a uma agressividade”, disse.

Ela falou que o mais preocupante com o grupo de vírus é o fato de terem chegaram antes do tempo, encontrando a população infantil com baixa cobertura vacinal e desprotegida, o que sobrecarregou o sistema de saúde.

Outro ponto foi a falta de profissionais especializados que, segundo Socorro, não supriram a demanda, sendo preciso fazer um chamado para pediatras intensivistas de outros estados. Ela explicou que não é uma situação restrita ao estado da Paraíba.

“Essa situação não é pontual na Paraíba, isso que estamos vivenciando, esse contexto epidemiológico é a nível nacional. Outros estados também estão acometidos da mesma forma e até pior. Mesmo assim tivemos colegas se voluntariando para vir nos ajudar”, falou.

Socorro destacou ainda a criação de leitos emergenciais de UTI, que na Paraíba foram 70 no total, sendo 10 na cidade de Patos. Ela conta que esse ainda não é o pico dos casos de síndromes gripais.

“A gente já sente ações com uma visão de futuro, porque o pico máximo dessa sazonalidade desses vírus é no inverno e nós estamos ainda no outono”, alertou a médica.

Confira a entrevista completa com Socorro Martins: 

DIÁRIO DO SERTÃO

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