VÍDEO: Bispo da ICAB fala dos 50 anos da canonização do Padre Cícero e espera beatificação em Roma
Cícero Romão foi canonizado e oficialmente proclamado santo pela Igreja Católica Apostólica Brasileira em julho de 1973 no III Concílio Nacional na cidade de Brasília
Em entrevista ao programa Olho Vivo, da TV Diário do Sertão, o Bispo Dom Júlio Paiva, da Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB), falou da canonização de Padre Cícero de Juazeiro. Cícero Romão Batista nasceu no dia 24 de março de 1844, na cidade do Crato, Ceará.
O Bispo explica que os santos não pertencem a nenhuma igreja. “O problema é que os santos não são de igreja brasileira, não são de igreja romana, eles não são da igreja ortodoxa. Os santos eles são de Deus e quem primeiro proclama a santidade de alguém é o povo”, afirma Dom Júlio.
Cícero Romão Batista foi inicialmente considerado santo pelo povo. A primeira paróquia com o nome do nordestino fica em Maceió, Alagoas, e tem como bispo o diocesano Dom Walbert Rommel, além dela existem diversas outras por todo Brasil.
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O padre Cícero foi canonizado e oficialmente proclamado santo pela Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB) em julho de 1973 no III Concílio Nacional na cidade de Brasília, onde consagrou Cícero Romão como São Cícero do Juazeiro.
Dom Júlio conta que o santo está no orientador litúrgico da ICAB, no calendário litúrgico e tem seu dia de celebração.
NA IGREJA CATÓLICA ROMANA
Em 2022 a Igreja Católica Apostólica Romana, por intermédio do Papa Francisco no Vaticano, autorizou o início do processo de beatificação do Padre Cícero Romão Batista. “Se Roma canonizar o Padre Cícero nós achamos isso muito bom, porque eles também vão reconhecer que nós não estávamos errados quando o canonizamos”, disse o Bispo.
NA IGREJA CATÓLICA BRASILEIRA
A Igreja Católica Apostólica Brasileira comemora em julho de 2023 o Ano Jubilar pelos 50 anos da canonização de São Cícero do Juazeiro.
Religião foi fundada em 1945 por bispo socialista
A Icab (Igreja Católica Apostólica Brasileira) foi criada em 1945, depois que seu fundador, o bispo dom Carlos Duarte da Costa, foi excomungado da igreja romana. A expulsão ocorreu depois que ele denunciou a forma como o Vaticano abrigava líderes nazifascistas capturados após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Antes disso, dom Carlos já era visto com ressalvas em razão de ter prefaciado o livro Poder Soviético, escrito no início da década de 1940 por um reverendo anglicano. Ele chegou a ser preso durante o governo de Getúlio Vargas sob acusação de ser comunista, mas foi liberado pouco tempo depois após manifestações populares.
Quando ainda pertencia à igreja romana, na qual foi vigário-geral da arquidiocese do Rio de Janeiro e segundo bispo de Botucatu, dom Carlos já expunha publicamente suas insatisfações contra o Vaticano. Entre elas, o poder concedido ao papa e a maneira como a igreja interferia em decisões governamentais. O fundador da Icab já manifestava irritação quanto à obrigatoriedade de os sacerdotes terem de ser celibatários.
A Icab é composta por conselhos presbiterial, fiscal e episcopal, além do Superior Tribunal Eclesiástico. Grupo de bispos vota para escolher o conselheiro presidente, que não pode vetar decisões tomadas pelo conjunto de religiosos. O lema da igreja é “Deus, Terra e Liberdade”.
DIÁRIO DO SERTÃO
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