Torcedor brasileiro está pronto para inovações no futebol, inclusive inspirações nos e-sports
Os direitos televisivos são uma das principais fontes de renda das equipes brasileiras, se não a principal.
A pequenos passos, o futebol brasileiro está se profissionalizando e aproveitando melhor as oportunidades que surgem. Desde a abertura para a criação de Sociedades Anônimas de Futebol, as parcerias com casas de apostas e empresas ligadas a criptomoedas e outros ativos e até a criação de times de e-sports, os clubes aos poucos vão usando a força de suas marcas e torcidas para criar novos negócios e diversificar as receitas.
Mas ainda há muito mais por explorar. E os citados e-sports oferecem um bom exemplo de caminho que tem garantia de sucesso e pode revolucionar a forma como os clubes e competições monetizam o conteúdo que criam.
O site de e-sports bets Betway fez uma reportagem completa sobre a evolução dos games e do ecossistema de jogos no Brasil, mostrando como já há uma tradição no país e uma estrutura montada que agora ganhou o mainstream. Aos poucos o mundo dos e-sports e o futebol estão se encontrando, inclusive com os clubes tradicionais criando times de esportes eletrônicos.
Aproveitando a base que os games construíram
Os direitos televisivos são uma das principais fontes de renda das equipes brasileiras, se não a principal. O direito de transmissão dos jogos dos estaduais, do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores são uma caixa registradora pelo interesse que desperta em milhões de pessoas e o nível de atenção gerado: são vários jogos, quase todos os dias, prendendo as pessoas por pelo menos 90 minutos na frente da televisão.
Mas aos poucos esses direitos de transmissão estão mudando no mundo. Se no Brasil a Rede Globo está enfrentando a concorrência de suas velhas concorrentes como Band e SBT, mas também de alguns canais como Disney e TNT Sports, no mundo há outro movimento.
Na Espanha o streamer Ibai Llanos, em parceria com a empresa do jogador do Barcelona, Gerard Piqué, transmitiram o primeiro jogo de Lionel Messi no PSG, após sua bombástica e surpreendente saída do Barcelona. Antes já tinham transmitido a Copa América, disputada no Brasil e vencida pela Argentina. Tudo isso pela plataforma Twitch, que é da Amazon.
Já foram realizadas transmissões similares em outros países e esportes, como o basquete da NBA e até jogos de futebol aqui no Brasil. Nobru e fefux são dois dos streamers que transmitiram partidas.
Porém ainda são jogos esporádicos, que conseguem grandes resultados e podem ter continuidade.
O uso da Twitch é ideal para essas transmissões. A plataforma conta com grande estrutura, criada ao longo dos anos com os streamings de games e inúmeros produtores de conteúdo transmitindo todos os dias para milhões de pessoas. Lá também é possível monetizar o seu conteúdo a todo momento, o que pode ser mais uma fonte de renda.
Diversificar e alcançar todos os públicos
Por muitos anos o futebol esteve basicamente restrito à Rede Globo, que tinha poderio financeiro para comprar os direitos das principais competições e escolher onde transmitir: se na TV Globo, nos canais Sportv ou até no pay-per-view (Premiere).
Esse modelo segue relevante e usado em vários países, mas a própria Globo colocou um pé no freio nas aquisições, abrindo as portas para outros canais. Chegar na televisão aberta e na chamada TV fechada é importante, já que seu alcance ainda é gigante e especialmente pessoas com mais idade não conhecem ou acompanham plataformas mais modernas como a citada Twitch.
Mas estar presente também nestes canais é um acréscimo. É possível acessar a Twitch em qualquer lugar com acesso à internet, inclusive no seu smartphone. A monetização também é excelente, conseguindo recursos não só com anúncios, mas também participações diretas dos torcedores e dos espectadores, inclusive com interações via chat. Por fim, as novas gerações estão online nesses locais e chegar neles é fundamental. Ainda mais considerando o imenso potencial que ainda há por explorar: na citada matéria da Betway é apresentado um resultado de pesquisa que mostra que o mercado de e-sports e de transmissões deve crescer em até 70% nos próximos quatro anos.
O número por si só já é motivo para empolgação, ainda mais considerando que ele é diversificado, com as mulheres sendo maioria no uso de smartphones para jogar e o alcance gigantesco em todas as classes sociais.
Ainda há muito por se aproveitar usando as novas tecnologias e inovações que já surgiram ou estão surgindo, impulsionando o futebol para o século XXI e longe das mentes mais atrasadas.
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