VÍDEO: Perito afirma que Gefferson Moura teve hemorragia dentro do veículo após ser atingido pelos tiros
O profissional analisou tanto as manchas de sangue como as marcas dos tiros encontradas no interior do veículo.
O perito criminal Adriano Medeiros, do Instituto de Polícia Científica da cidade de Patos, no Sertão paraibano, foi entrevistado no programa Balanço Diário da TV Diário do Sertão, nessa quinta-feira (25). O profissional falou sobre detalhes da perícia que fez no carro do empresário e advogado Gefferson Moura, que morreu após ser atingido por tiros, no último dia 16 de março, na cidade de Santa Luzia também no Sertão. Os policiais sergipanos suspeitos pelos disparos estão em prisão temporária.
Adriano Medeiros foi enfático em afirmar que Gefferson teve hemorragia, dentro do carro, após ser atingido por tiros de arma da fogo. “Eu posso afirmar com toda certeza, que ele passou um bom tempo com hemorragia, devido as manchas de sangue em formato de poça encontradas no interior do veículo”, detalhou.
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O perito também falou das marcas de tiros que foram encontradas dentro do carro. De acordo com ele, uma marca transfixante foi encontrada no banco do motorista, outra no banco traseiro e um orifício apenas de entrada no encosto de cabeça no banco do passageiro. “Esses orifícios juntamente com as manchas de sangue em projeção, que ocorre quando a bala saí do corpo e com ela o sangue é projetado, nesse caso, na parte interior do veículo, formando as manchas. Então esses vestígios foram importantes para eu traçar a trajetória dos disparos de arma de fogo”, contou.
As manchas de sangue também foram importantes para a perícia entender o que teria acorrido após Gefferson ter sido lesionado.
Adriano apontou que após ser atingido, Gefferson teria tombado para o lado do banco do passageiro e nessa posição ficou por um bom tempo. “No porta objetos entre os banco dianteiros ficou com uma grande quantidade de sangue, também na retaguarda do bando dianteiro”, afirmou.
Projéteis encontrados
Sobre a análise dos projéteis feita de forma visual pelo perito, ele descreveu que os tiros disparados contra Gefferson podem ter sido de apenas uma arma de fogo, que provavelmente seria de uma pistola ponto 40, que foi apresentada pelos policiais sergipanos. “Um exame de confronto balístico vai afirmar se os projéteis encontrados saíram da mesma arma ou se nenhum disparo foi daquela arma. Também foi encontrado um estojo dentro do carro de uma pistola ponto 40”, descreveu Adriano Medeiros.
O caso
Gefferon Moura morreu no dia 16 de março, na cidade de Santa Luzia, no Sertão paraibano. Ele estava a caminho da cidade de Cajazeiras para cuidar do pai que está acometido da Covid-19.
Ao passar por Santa Luzia, Gefferson foi abordado por policias do estado de Sergipe, que estavam de acordo com a Polícia Civil do Estado, em operação para cumprir mandados de prisão contra suspeitos de roubos de cargas que estariam escondidos na Paraíba.
Os policiais alegaram que atiram em Gefferson, pois o jovem estaria com uma arma e teria reagido a ação policial.
No entanto, uma perícia constatou que a arma apresentada pelos policias como sendo de Gefferson, na verdade pertencia a Polícia Militar de Sergipe. Devido a esse fato e também dos policias terem mexido no local do crime foi decretada a prisão temporária do delegado, um agente de investigação da Polícia Civil e um policial militar. Os três foram presos na terça-feira (23), em Aracaju (SE) pela Polícia Civil do mesmo Estado.
DIÁRIO DO SERTÃO
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