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VÍDEO: “Não tenho medo de juiz” diz Fábio Tayrone sobre decisão da Comarca de Sousa do bloqueio de bens

A medida cautelar interposta pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou o prefeito por prática de improbidade administrativa.

Por Juliana Santos

19/02/2021 às 20h13

O prefeito de Sousa, no Sertão da Paraíba, Fábio Tayrone (Cidadania) se pronunciou sobre o bloqueio de bens determinado pelo juiz da 4ª Vara da comarca de Sousa, Agílio Tomaz Marques, que deferiu uma medida cautelar e decretou o bloqueio dos bens do prefeito e da secretária de Saúde, Amanda Oliveira Dantas, no montante de R$ 124.200,00.

Durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (19), Fábio Tayrone se mostrou indignado e disse que é incabível o bloqueio dos valores e que não teria vendido nenhum bem pelos últimos 10 anos. “Antes de saber, antes de responder, antes de ser intimado, já tive o bloqueio dos bens liminarmente, mas eu confio na justiça tenho as mãos limpas, essas mãos nunca tirou um centavo do dinheiro público”, detalhou o prefeito.

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O gestor falou ainda que não tem medo de juiz nem de promotor, e que será feita a justiça, se não em primeira instância ou no julgamento de alguns magistrados, mas será de uma forma ou de outra. “Se tem alguns magistrados, algumas pessoas, alguns promotores com ranços pessoais ou com inveja, vão ter que suportar o meu trabalho, a minha probidade, a minha coragem e a minha honestidade pelos próximos quatro anos como prefeito de Sousa”, frisou.

Sobre a decisão judicial

A medida cautelar foi interposta pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) que denunciou por prática de improbidade administrativa, além de Fábio Tyrone e Amanda Silveira, as irmãs Jucemara Gomes de Oliveira e Juciara Manuela Gomes de Oliveira, imputados aos denunciados a condenação em todas as sanções do art. 12, incisos I, II e III, da Lei nº 8.429/92.

A ação teve como fundamento as informações colhidas pelo MPPB no Inquérito Civil Público, nº 046.2019.003443, instaurado para apurar denúncias quanto ao exercício irregular de função pública na Unidade de Pronto Atendimento 24 horas Dr. Marizinho Abrantes, na cidade de Sousa, pela Sra. Jucemara Gomes de Oliveira e recebimento indevido de dinheiro público pela Sra. Juciara Manuela Gomes de Oliveira.

“…embora de fato, a direção da UPA de Sousa estivesse sob a responsabilidade da Sra. Jucemara Oliveira – situação está de conhecimento público e notório na Cidade – a portaria de nomeação para o cargo foi confeccionada e publicada em nome da sua irmã, Juciara Oliveira”, afirma trecho da denúncia do MPPB.

Em sua alegação ao poder judiciário, Amanda Silveira disse que a Sra. Jucemara Oliveira apenas teria auxiliado a irmã a qual indicou para ocupar o cargo por não ter podido se afastar de algumas de suas funções na cidade de Pombal e Hospital Regional de Sousa.

Prefeito da cidade de Sousa, Fábio Tayrone. (Foto: Assessoria da Prefeitura de Sousa)

Para o magistrado a afirmação da secretária não se sustenta uma vez que nos próprios sites e redes sociais da Prefeitura Municipal de Sousa e da Unidade de Pronto Atendimento, inclusive em notícias relativas às ações administrativas e de gestão da UPA, a diretora nomeada Sra. Juciara Manuela, sequer figure ou sequer seja mencionada, enquanto sua irmã Sra. Jucemara Gomes, é quem aparece em menções e fotografias, além de ser entrevistada pela imprensa em várias ocasiões, inclusive do ano de 2019.

Confira os documentos da decisão na íntegra:

Decisão-UPA-bens-Tyrone-e-Amanda-_-improbidade

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DIÁRIO DO SERTÃO

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