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Casos de estupro aumentam em Sousa; delegada diz que estatística é preocupante e revela perfil dos acusados

A delegada disse que os crimes de estupros são cometidos em um ambiente sigiloso, geralmente só com a presença da vítima.

Por Campelo Sousa

02/05/2016 às 13h48 • atualizado em 02/05/2016 às 19h19

A reportagem do portal Portal e TV Online Diário do Sertão, entrevistou nessa segunda-feira(02), a delegada especializada em violência contra a mulher, Yvna Cordeiro, que faz parte da 19º Área Integrada da Polícia Civil, em Sousa.

Yvna Cordeiro disse à nossa reportagem que o ano de 2016 está complicado em virtude de muitas ocorrências acerca de crimes sexuais. Em 2015, ocorreram 8 crimes de estupro durante o ano, em 2016 já são 7 contabilizados, sendo que, 2 confirmados e 5 em andamento, fato que se torna uma estatística preocupante.

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“O crime de estupro pode ter duas vertentes: considerado estupro normal, que é aquele que usa da violência e grave ameaça com vítimas de qualquer idade, também temos o estupro de vulnerável que são pessoas que têm alguma vulnerabilidade, são os menores de 13 anos e também vulnerável por outros meios como a bebida alcoólica ou por algum tipo de droga que tenha usado, atitude que tira a objetividade da pessoa escolher ou não relação sexual”, ressaltou.

A delega explica que o crime de estupro relacionado a vulnerabilidade é só para idade de até 13 anos. Sendo que, a idade sexual brasileira é 14 anos, ou seja, a partir dos 14 anos o menino (a) já tem liberdade sexual de escolher se quer manter a relação ou não. “Então se relação for consentida após os 14 anos o fato é atípico. Porém, se mesmo maior que 14 anos e se a relação for forçada se caracteriza em um estupro”, disse.

A delegada ainda ressaltou que os crimes de estupros são cometidos em um ambiente sigiloso, geralmente só com a presença da vítima e do acusado, e essa característica é complicada na realização de uma investigação mais aprofundada.

“Se a pessoa não vier até à delegacia, os parentes ou a família perceberem a diferença na vítima se torna um caso muito complicado. Outra coisa importante relacionado ao crime de estupro, os estupradores são criminosos diferenciados. Então, nós temos aquela visão, por exemplo, de um ladrão de loja ou de celular, as características são semelhantes. Mas os agressores sexuais são diferentes, geralmente são pessoas de bem da sociedade, acima de qualquer suspeita, na maioria das vezes não têm nenhuma passagem pela polícia. Então, isso já dificulta mais o crime por ser sigiloso”, argumentou a delegada Yvna Cordeiro.

DIÁRIO DO SERTÃO

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