“Vingança não”
Ao ouvir o chamado – Marcondes! Quem o procurava, depois de identificá-lo, ao invés de dar-lhe um abraço ou um aperto de mão, o cravejou de balas.
Pura ação de um “matador de aluguel”, de um pistoleiro profissional: sangue frio, tranqüilidade, sem correrias e ao proceder assim, não poderia cometer o erro de matar a pessoa errada. Minutos depois, de um celular, deve ter passado a mensagem: “serviço feito”.
Vingança é uma das hipóteses levantada pela polícia como causa deste brutal assassinato, ocorrido esta semana na zona norte de Cajazeiras, já que existiam indícios de que o mesmo teria cometido um crime de morte.
Quem imaginava que esta prática havia sido extinta no seio da sociedade sertaneja, vivia enganado. Ao longo da História contam-se dezenas de casos de vingança e tem cidade neste sertão da Paraíba que restam poucas pessoas, de duas famílias, depois de uma trajetória de casos de vingança entre si.
A mais importante narrativa sobre esta questão,foi publicada pelo Padre Francisco Pereira, em seu livro “Vingança Não”, onde conta com riqueza de detalhes a História de seu pai, Chico Pereira e a sua desobediência ao pai – Coronel João Pereira – que momentos antes de morrer pediu para que a justiça não fosse feita com as próprias mãos.
A impunidade o fez cangaceiro. A vingança só se faz presente, quando a justiça se ausenta.
Já ouvi muitas vezes fortes declarações, de pessoas envolvidas nesta questão, que a “vingança é uma sala com uma entrada, mas sem saída”. Outro dia presenciei uma cena, dia de finados, uma mãe chorando no túmulo dos dois filhos, que haviam sido mortos, por vingança e um deles nada tinha a ver com os fatos ocorridos no passado, mas “os vingadores” não querem saber se são inocentes e foram “exterminando” um a um os membros daquela família.
Lamentavelmente, a vingança termina se constituindo num elo de ódio, que depois de plantada colhem-se apenas desgraças e Confúcio já ensinava: “antes de embarcar em uma jornada de vingança cave duas sepulturas.
É mais gratificante viver a emoção do perdão, do que a da vingança. Infelizmente, vivenciamos, em Cajazeiras, mais um crime de morte este ano, que começou com um número elevado de cenas de violência e crimes. Deus permita que esta onda passe logo.
Casas populares
Às margens da rodovia que liga a BR 230 à cidade de São José de Piranhas, bem próximo a algodoeira de Galdino Pires, foram construídas 200 casas, mas como houve um litígio entre os construtores permanecem fechadas. Por outro lado, ainda não se tem noticias concretas quando será iniciada a construção das 900 casas populares, também na zona sul da cidade.
Carnaval de Cajazeiras
Com o decreto baixado pelo governo do estado proibindo qualquer ajuda para o carnaval deste ano, tem um nó meio grande para ser desatado pelos empresários e pela prefeitura de Cajazeiras. Nem a força de Jeová, Denise e Carlos Antonio teriam demovido o governador para ajudar nas festas carnavalescas deste ano. Vários prefeitos da Paraíba estão cancelando o carnaval de suas cidades.
Piso dos professores
A Secretária de Educação de Cajazeiras, professora Edna Telma, declarou que o município vai pagar o piso salarial dos professores no teto de 30 horas semanais, que correspondente a R$1.438,65. Professores com pós-graduação poderão alcançar até R$5.573,67.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário