Sinfumc: estatutos rasgados
Por Fernando Caldeira
O que se espera de um sindicato de trabalhadores ao se filiar a ele, é que o mesmo defenda as causas de seus filiados. Que lute por melhores condições de trabalho, por melhores salários, por incorporação de conquistas salariais, etc.
Foi com essas intenções que em 23 de novembro de 1989 fundou-se o Sindicato dos Funcionários do Município de Cajazeiras (Sinfumc), com o seguinte lema: “Em torno de um só objetivo: o servidor.”
Mas isso foi em 1989. Vinte anos depois, parece que as intenções que originaram sua fundação foram completamente esquecidas.
Também pudera, a atual direção sindical está quase que totalmente atrelada ao poder público municipal e, assim, sem condições morais de exercer a defesa à qual deveria se propor todo e qualquer sindicato de trabalhadores.
Explico: dos quinze membros que compõem a atual direção do Sinfumc, dois são presidentes municipais de partidos políticos, e sete, ao que se informa, estariam ocupando cargos em comissão na administração municipal.
Ora, isso fere de morte os estatutos daquela entidade quando, no seu artigo 2°, alínea f, reza: “São finalidades e deveres do Sindicato defender a autonomia sindical frente a partidos políticos e credos religiosos.”
Pergunto: como pode o Sinfumc defender a autonomia sindical frente a partidos políticos quando seu presidente, Elinete Lourenço Rolim, é também presidente municipal do PMDB, que além de fazer parte da coligação partidária que elegeu o atual prefeito, é partido da base de apoio a Léo Abreu (PSB) na Câmara Municipal?
Como defender a autonomia sindical frente a partidos políticos quando o diretor de patrimônio do Sinfumc, Eugênio Rolim Rodovalho de Alencar, é presidente municipal do PT, igualmente partido da coligação do prefeito eleito e da base de apoio a Léo Abreu (PSB) na Câmara Municipal? A isso dá-se o nome de promiscuidade político-sindical!
O estatuto, como se vê, foi literalmente rasgado pela própria diretoria. A pergunta que fica: esse sindicato defende os seus filiados?
Mas não é só: outros artigos dos mesmos estatutos igualmente não estão sendo respeitados pela própria diretoria. Veja o que diz, por exemplo, o artigo 39, alínea b: “São inelegíveis todos os que exerceram cargos comissionados perante o município e que não tenha sido exonerado de suas funções comissionadas, no prazo de seis meses antes da data das eleições.” Ora, se para ser eleito é necessário ter sido exonerado 6 meses antes das eleições, o que dizer de uma direção que, segundo estou informado, tem sete de seus quinze membros ocupando cargos de confiança na administração municipal?
Diante disso, um grupo de associados do Sinfumc está se organizando para, embasado nos artigos 10, alínea b, e 9°, alínea g, destituir a atual direção sindical e de imediato convocar novas eleições.
S O L T A S
É cada vez maior e mais profundo o fosso político que separa o ex-prefeito Antônio Vituriano de Abreu (PMDB) do deputado Jeová Campos (PT).
Não é das melhores a avaliação da administração municipal de Cajazeiras, mesmo entre aliados do prefeito Léo Abreu (PSB). Em que pese o excelente Xamegão que realiza este ano naquela cidade.
Zé Maranhão (PMDB), Ricardo Coutinho (PSB) e Veneziano Vital (PMDB), passaram e foram recebidos pelo prefeito cajazeirense. Mas dizem que dois deles telefonaram para o ex-prefeito Carlos Antônio (DEM).
A coluna se une aos sentimentos de pesar da vereadora Léa Silva (DEM) e familiares, pelo falecimento de seu filho João Bosco (27 anos) recentemente.
Neste domingo (28) o vereador Severino Dantas (PT) será o entrevistado do programa Trem das Onze (www.fernandocaldeira.com.br)
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