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Radomécio Leite

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Sala 17

24/06/2011 às 00h30

Com os avanços da tecnologia, nos meios de comunicação, o mundo deixou de ter fronteiras e os acontecimentos e fatos são divulgados e transmitidos pelas mídias diversas, de qualquer parte da terra, em tempo real. Os ganhos para a humanidade são valiosos em todos os segmentos do conhecimento, desde a tele-medicina até as mais simples formas de entretenimento.

Por outro lado, infelizmente, temos visto, ouvido e lido, na mesma instantaneidade, os fatos mais violentos praticados pelo homem e da mesma forma que aprendemos com os bons exemplos e as boas noticias, também gravamos em nossa consciência os maus exemplos.

Jamais imaginava que as tragédias ocorridas em outros países e em outras cidades de nosso País, em interiores de nossas escolas, viessem a acontecer em nossa cidade: quando um jovem matou a golpe de faca um seu colega de sala de aula. A sala 17, do Colégio Comercial Monsenhor Constantino Vieira, foi o palco, entre colegas, desta tragédia.

Um crime já anunciado? Um crime premeditado? Mas o questionamento que fica a respeito deste fato é: por que dentro de uma escola, já que os dois eram considerados amigos e freqüentavam os mesmos lugares e paqueravam as mesmas garotas?

O que nós temos visto, infelizmente, é que estes casos de violência na escola têm sido mais freqüentes e quase que diariamente, em alguma cidade do Brasil jovens estudantes estão se matando nos ambientes escolares. Será que a mídia, que dá muita ênfase a este tipo de noticia, estaria contribuindo para canalizar a violência para o ambiente escolar, tendo em vista maior exposição e o momento de “glória” dos agressores?

Quem esteve como eu, logo depois da tragédia da Sala 17, observando o cenário, não deixou de ficar emocionado com o gesto de um aluno, colega de turma, que diante do corpo agonizante, tirou a camisa e com ela tentou estancar e tapar a abertura por onde o sangue jorrava, do peito ferido, do lado do coração e aos prantos não se conformava diante de sua impotência e da perda de seu amigo.

O que tem sido mais comentado e deixado todos os amigos impressionados é que estes dois jovens tinham uma longa e sólida amizade: ambos tocavam violão, cantavam e participavam de festas e eventos sempre juntos e depois de um desiderato, considerado de pouca relevância, aconteceu este gesto de pura loucura.

O que todos nós esperamos é que a tragédia da Sala 17 não venha a se repetir em outras salas de aulas de nossa cidade e que se instale nos corações de nossos jovens mais paz, fraternidade e amor e que em suas vidas possa sempre existir um lugar para o perdão.

Padre Gualberto
Neste dia 24 completa quatro anos da partida de nosso estimado Padre Gualberto, cidadão que contribuiu de forma inequívoca para o crescimento educacional de nossa cidade. E como sacerdote foi um servo fiel e um missionário exemplar. Mas a cidade de Cajazeiras continua sendo ingrata com os seus grandes construtores e passados quatro anos não tenho conhecimento se existe pelo menos uma viela com o seu nome. Não estaria no tempo de se resgatar esta injustiça?
 

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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