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Fernando Caldeira

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Região do Cariri: Agora sim o petróleo

18/03/2009 às 00h16

Por José Cícero

A velha expressão “O petróleo é nosso” que noutros tempos encarnou o próprio sentimento de resistência popular contra o estado ditatorial de exceção, parece se renovar agora, não mais como uma bandeira de luta política simplesmente como no passado. Porém como uma nova empreitada em favor de um Brasil soberano e independente e, que necessita se firmar de vez, perante o mundo expulsando o fantasma do imperialismo mundial político, econômico e financeiro.

Como há muito se desconfiava, o Brasil ao contrário do que nos diziam os americanos, tem sim um potencial petrolífero a ser explorado e com grandes possibilidades de sucesso. Desde a sua costa litorânea, a Amazônia e o interior do Nordeste o país do Lula apresenta por assim dizer, um filão de ouro, que logo irá superar a própria Venezuela(com a data vênia do bravo Hugo Chávez), sobretudo pela nossa dimensão geográfica. Uma realidade que a partir de então, irá incomodar e muito, os intentos políticos e expansionistas da nação ianque.

Fica portanto, cada vez mais claro que a intenção do projeto de privatização engendrado pelo chamado consenso de Washington durante o governo de FHC era, igualmente, uma atitude deliberada de enfraquecimento das nossas empresas estratégicas como a CSN, Vale do Rio Doce, o sistema ferroviário e, principalmente, a Petrobrás. Uma política intencional de comprometimento ainda maior da nossa própria estrutura econômica e produtiva – os pilares da nossa soberania. A autosuficiência do Brasil neste campo assusta deverasmente, os caciques do capitalismo mundial.

Um dos principais fomentadores de estados bélicos pelo mundo afora, tem sido o desejo insano das grandes potencias(leia-se EUA) pelo domínio do petróleo existente nas diversas nações do planeta. O petróleo é, por conseguinte, um presente do passado para o futuro das nossas gerações. Por isso precisamos defendê-lo com unhas e dentes. O povo caririense que o diga…

A perspectiva da exploração petrolífera na região do Cariri é por demais animadora em todos os sentidos que se possa imaginar. Com a tecnologia que temos por intermédio da Petrobrás poderemos, através de prospecções profundas no pré-sal da nossa geologia extrair a riqueza necessária para a redenção dos irmãos sertanejos e quem sabe, a verdadeira independência do Brasil do julgo internacional.

Uma feliz desconfiança que vem se arrastando desde os anos quarenta quando se ventilou a priori a possibilidade de se encontrar o “ouro negro” na região de Patativa. Desde a chapada do Araripe até o sertão paraibano. Como os americanos de Obama irão engolir mais essa. Já não bastava a incômoda liderança do Brasil na tecnologia dos biocombustíveis e na exploração de águas profundas?

O petróleo nunca foi tão nosso como deverá ser a partir de agora. Para tanto, é preciso o engajamento de toda a sociedade caririense, além dos demais segmentos sócio-político, civil, empresarial e acadêmico, numa corrente que obrigue a velha elite a não mais nos ludibriar com mais uma falácia histórica.

O solo do Cariri que já produziu tantas riquezas e talentos para o Ceará, o Brasil e o mundo nos oferece agora mais uma dádiva para que possamos enfrentar o futuro com mais altivez. Cabe a nós lutar por isso sem demora… Sem no entanto perder de vista a necessária visão de progresso sempre aliada a sustentabilidade ambiental.

O município de Aurora, por exemplo, precisa, também, entrar nesta linha de frente da prospecção mineradora e petrolífera. Quem sabe, a partir das célebres minas das Serras do Coxá, Diamante e Morro Dourado que no passado foram motivos de disputa, envolvendo o padre Cícero, Floro Bartolomeu, Conde Van de Brule e potentados regionais. Como se vê foi preciso numa época muito mais difícil, uma a visão aguçada de um homem que esteve além do seu tempo e dos que o cercavam – o padre Cícero. Ele, que quase sozinho mobilizou toda uma região, malgrado as incompreensões de toda sorte; produzindo e exportando, (pasmem) a própria matéria prima da borracha; extraída de uma planta nativa da caatinga sertaneja – a Maniçoba.

Com este recurso natural de primeira linha(que é o petróleo) o Cariri recuperará o tempo perdido, galgando assim uma nova posição de destaque no cenário político e econômico do Ceará, do Nordeste e do Brasil. Nem que para isso tenhamos que nos rendar a capacidade de luta e o empenho de políticos da capital com uma visão estratégica e combativa em favor do povo cearense em geral, como o fazem o senador Inácio Arruda e o deputado Chico Lopes.

Valeu camaradas! O Ceará e o Cariri confiantes lhes agradecem de punho cerrado, alegria no rosto e o coração à flor da pele.
O sertão vai virar mar para que a profecia possa enfim, ser cumprida. Quem sabe um mar de bonança para os que sempre acreditaram na sua capacidade de resistir bravamente às agruras do clima e a insensibilidade dos homens.

O petróleo do Cariri é Nosso!! Hoje muito mais do que ontem.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

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Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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