Promessas
O ano novo é sempre promessa de mudanças. Novos planos são projetados. Novas esperanças são erguidas. Tudo na convicção de que os novos dias que se avizinham serão menos dolorosos e mais prazerosos. E cresce a cota de compromissos assumidos. Uma nova dieta. A troca do carro. Um curso novo. Uma nova imagem.
Mas as promessas logo caem na rotina da vida cotidiana e se transformam em esquecimentos.
Uma coisa, porém, deve ser preservada como compromisso em todos os dias do novo ano: a convicção de que depende de cada um de nós a possibilidade de vivenciarmos um mundo mais humano e mais gentil. Dos nossos gestos e atitudes nascerão comportamentos mais sinceros, ações que promovam a vida e conservem a dignidade. De nossas palavras poderão brotar o alimento que saciará a fome de afeto e aconchego que contagia tantas pessoas no dia a dia da individualidade e do egocentrismo que marcam a vida em nossos tempos.
No novo ano poderemos ser novos também no respeito à natureza. Já estamos atrasados com o tratamento que dispensamos a nosso lixo. Porque não reciclar, através da coleta seletiva que, além de contribuir com a melhor qualidade do meio ambiente representa uma importante alternativa de renda para um punhado de gente? Porque não nos empenharmos em salvar a nossa caatinga, um ecossistema considerado rico, mas historicamente vilipendiado como vegetação pobre? Porque não preservamos na natureza, e não aprisionar em gaiolas e viveiros que emanam cantos tristes e melancólicos de galos de campina, rolinhas, golas?
O ano novo pode ser, portanto, a resposta que esperamos para atitudes positivas e propositivas. Não é necessária uma ação espetacular. Pequenos gestos, em muitos momentos, são mais significativos que atos heróicos e grandiosos. Abrir a porta de uma gaiola e devolver um pássaro à natureza pode redundar num gesto salutar e importante.
São pequenas coisas que, em nosso cotidiano, poderemos adotar e transformar o ano novo em novidades permanentes que, com certeza, assegurarão mais plenitude de vida e de satisfação pessoal e humana.
Um exemplo: Um homem simples e um político que, ao longo da vida, transformou a vida pública num exercício de serviço e dignidade. Não amealhou fortuna com maracutais e falcatruas. Nos diversos mandatos legislativo e executivo que exerceu sempre teve a honradez como marca de atuação. Como prefeito de Cajazeiras, por diversos mandatos, fez amigos, atendeu despossuídos, administrou adversidades. Sua partida deixa o exemplo, que se espera seja imitado sem pudor. Apenas uma verdade que carece ser dita sobre o ex-prefeito Epitácio Leite Rolim.
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