Processo sucessório 2016: primeiro ato
Por José Antônio de Albuquerque
Passado o carnaval, depois que muitos receberam uma cruz de cinza na testa, simbolizando o perdão dos pecados, tem inicio, com mais intensidade as ações políticas em torno das eleições municipais de Cajazeiras.
Ainda vivemos sob a égide da reeleição e a atual mandatária da prefeitura, Denise Albuquerque, é a candidata natural, que inclusive já tem o seu companheiro de chapa que é Júnior Araújo, atual vice-prefeito.
As oposições poderão participar com dois candidatos: um que já está definido: Antonio Gobira (PSOL), que foi fenômeno eleitoral na ultima eleição como candidato a deputado federal e outro bloco, que é considerado a principal força eleitoral das oposições vem apresentando o nome do deputado estadual José Aldemir Meireles (PEN ou PL?), ao lado do ex-deputado estadual Antonio Vituriano de Abreu (PMDB), que poderá ser o seu vice.
Historicamente, sempre que as oposições lançaram duas chapas, facilitou a vitória da situação, mas como cada eleição tem uma história e que José Aldemir antes fazia parte do bloco da situação, não se pode avaliar com precisão qual o seu poder de transferência e convencimento para que o eleitor mude de posição.
Denise e José Aldemir têm a convicção que receberão apoios dos principais lideres políticos do estado e apostam nos seus engajamentos na campanha e quem mais necessita desta logística da engenharia política é José Aldemir Meireles, a partir do senador Cássio da Cunha Lima com o seu poder de agregar outros nomes em defesa de sua candidatura.
José poderá contar com a ajuda de outro senador: José Maranhão de quem é antigo aliado e tem como apresentar o seu nome para os filiados do PMDB da cidade. Por outro lado, o senador Raimundo Lira (PMDB) já declarou por mais de uma vez, na imprensa cajazeirense, que vai apoiar a reeleição de Denise, isto significa que mesmo o seu partido apoiando José Aldemir, sua preferência é outra.
Denise e seu grupo político esperam que o governador Ricardo Coutinho possa retribuir a esmagadora vitória obtida em Cajazeiras quando de sua reeleição, que quase atinge a casa dos dez mil votos no segundo turno, com ações e obras, que até o mês de outubro, possam ser transformados em votos e o que ela mais deseja por parte do governo é o recapeamento asfáltico de várias ruas da cidade.
Algumas obras do governo do estado, a exemplo do aeroporto, esgotamento sanitário da zona norte, Teatro Ica e Escola Técnica se não forem concluídas ou como no caso do IML se não for feito um encaminhamento positivo vai servir de palanque para as oposições.
O deputado estadual Jeová Campos, que recebera o apoio de parte do grupo político da situação, deverá ser engajar na campanha de Denise, como o fez na eleição passada e que somou para a sua vitória. Um dos fatores que teria contribuído para o rompimento de José Aldemir com o grupo de Denise foi a divisão de apoio do grupo com a eleição de Jeová e em especial o desprendimento do filho de Denise, Carlos Filho, para com o mesmo.
Ainda não existe uma pesquisa para se ter conhecimento do tamanho do prejuízo do grupo com o rompimento de José Aldemir e da possível quantidade de votos que poderá transferir para as oposições.
As negociações estão postas, mas de concreto em termos de apoios para os candidatos são poucos os que já bateram o martelo. Conversas de bastidores, especulações, conspirações, boatos e intrigas vão se intensificar depois da quaresma. Por enquanto são apenas ensaios, na realidade as cortinas só se abrirão para o derradeiro ato, no dia da eleição.
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