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Francisco Inácio Pita

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Preconceito: defeito ou defesa da humanidade

13/10/2013 às 23h52

O preconceito é uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, ou ainda o não conhecimento do outro que é sempre diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e a violência. Esta atitude vem acompanhada sempre por teorias justificativas usadas pelos preconceituosos.

Alguns preconceitos étnicos como: “Todo cigano é ladrão”. “O judeu é perverso”, “Os índios em geral são improdutivos e preguiçosos”; “Todo negro é adepto de feitiçaria”. Essas formas de pensamentos são chamadas de preconceitos e é crime de descriminação, previsto na constituição brasileira.

O próprio Jesus já mais descriminou ninguém nem pregou imposição a nada, podemos afirmar isso com base na própria bíblia e no sublime fé. ”É visto claramente que certos preconceitos atrapalham o processo de implantação de uma cultura popular, muitas vezes sadia e propicie de ser consumidas por famílias possuidoras de bons costumes. É preciso entender que certas manifestações religiosas e populares muitas vezes têm suas razões, mas seus mecanismos de resistência podem perturbar a vida moral e ética de seus participantes, pelo simples fato de atender as necessidades de seus coordenadores, que muitas vezes, não entendemos o verdadeiro sentido do pensamento, que o próprio Jesus Cristo pregou aqui na Terra”.

Há os que entendem a religiosidade como “a religião dos que só entram na igreja carregados: no batismo, na primeira comunhão, no casamento e no enterro”. Outros afirmam: “O povo tem religiosidade, mas não tem uma fé comprometida”. Há também quem diga: “A religiosidade popular é uma religião cega que não tem nada de bom para dar ao povo a não ser superstições”. Outro preconceito sério ouvido na semana santa: “O povo tem fé no Senhor Morto e não acredita na ressurreição”. Além disso, a religiosidade popular seria “milagreira”.

Em geral, os preconceitos benéficos são contra doenças contagiosas, imoralidades, comportamentos degradantes, pessoas violentas, más companhias, etc. Na verdade, é muito difícil definir o limite correto entre preconceito maléfico e preconceito benéfico. Por isso, a liberdade de interpretação pessoal deve ser sempre respeitada em seu limite, mas ressalvando o direito e a liberdade de cada um.

É importante entendermos também, que cultivar o amor ao próximo não significa exterminar preconceitos. Tentar destruir preconceitos à força é cultivar o paganismo e deixar entrar todo tipo de sujeira comportamental na nossa sociedade. No paganismo, (atualmente disfarçado sob o título de “pluralismo” e “laicismo”) tudo é permitido e nada é considerado errado. Na década de 90, supostos defensores de direitos humanos (agindo como defensores de “anomalias humanas”) deformaram a palavra preconceito, a palavra amor, a palavra cultura e várias outras. Não compactuar com certos comportamentos, não significa ser uma pessoa preconceituosa, mas lutar para conservar o respeito pela moral, ética, e atender aos nossos princípios, sob a forma de vida que escolhemos. Devemos deixar que cada pessoa viva livre a sua vida usando a sua própria liberdade, desde que a sua liberdade, não prejudique a moral e liberdade dos outros. Infelizmente, uma parte da mídia vem usando uma máscara de amor ao próximo para condenar as discriminações de caráter preventivo e criar a indiscriminação total e generalizada. Essas pessoas, de ideais estranhos, têm atribuído conotações exclusivamente pejorativas, à palavra preconceito, para desmoralizá-la e destruir seu efeito preventivo (o lado benéfico). No fundo, querem semear “ervas daninha” em nosso meio e contaminar a nação como se fosse uma coisa normal.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam tudo o que não devemos fazer é praticar a discriminação injusta e precipitada contra o nosso próximo, seja ele quem for. No entanto, fazer uso de conceitos concebidos de maneira prévia, porém, comprovados estatisticamente ou orientados por Deus (através da Bíblia), é um direito legítimo porque faz parte do nosso sistema de defesa; todo cidadão deve ter a liberdade e o direito de fazê-lo sempre que achar necessário, desde que sua ação não comprometa a vida dos outros.

Já é hora do brasileiro compreender que as liberdades pacíficas, de praticar o justo e fundamentado preconceito (o benéfico), são mais úteis a uma nação do que a proibição de usar a intuição humana e o prévio conceito como medida preventiva. Só as pessoas inconsequentes, ou muito inocentes, é que entendem que devemos considerar todo mundo em igualdade absoluta e irrestrita (sejam sadios, doentes, crianças, homens, mulheres, gays, lésbicas, estupradores, prostitutas, gente de bem, ladrões, aidéticos, etc.). No entanto, as pessoas sensatas e equilibradas que se preocupam com o futuro da humanidade usam o amor com a disciplina, enxergam a necessidade da moderação nestas questões. Na verdade, precisamos respeitar o comportamento de cada pessoa segundo seu merecimento individual. Temos que levar em conta o risco de boa ou de má influência que cada pessoa pode oferece dentro da nossa sociedade, isso não significa descriminar nem ser preconceituoso, afinal, nossa liberdade deve ser respeitada, sempre respeitando a liberdade de cada um, desde que, essa nossa liberdade não prejudique a vida de ninguém.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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